quinta-feira, maio 5

Conversas Cruzadas por uma Geração com Futuro [Resumo das Ideias debatidas no Evento


Um conceito inovador

A Comissão Política Concelhia da JSD Faro promoveu no dia 30 de Abril, sábado, no Bar/Discoteca Cidade da Música, uma sessão de debate e partilha de opiniões sobre o futuro de Portugal, a que chamou «Conversas Cruzadas por uma Geração com Futuro». Conversas Cruzadas por uma Geração com Futuro apresenta-se com um conceito inovador, no qual o debate não se baseará na intervenção prévia das individualidades convidadas, mas em considerações lançadas pela JSD e pelos restantes participantes a serem, posteriormente, analisadas. A reflexão sobre Portugal e a apresentação de opiniões e novas ideias no âmbito dos mais variados temas é da responsabilidade de todos nós, cidadãos preocupados com os rumos a tomar para que o nosso País cresça de forma real e sustentada.Com áreas temáticas bem distintas como Educação e Formação, Emprego e Empreendedorismo, Turismo, Economia, Reorganização do Estado e Associativismo. Contou com a presença das seguintes individualidades: Macário Correia - presidente da Câmara Municipal de Faro; Pedro Meireles – Conselheiro Económico da Delegação Portuguesa do PPE/PSD no Parlamento Europeu; Pedro Barros – ex-presidente da Associação Académica da Universidade do Algarve e Jovem Empresário; Tiago Tóregão – ex-diretor Geral do Hotel Ocean Ville; Efigénio Rebelo – diretor da Faculdade de Economia da Universidade do Algarve.

Como ideias principais é de salientar: a necessidade de politicas intermunicipais na gestão de recursos. Levando para tal a uma ponderação de aspectos como a proximidade, mobilidade, número de eleitores, identificação cultural e continuidade territorial. A existência de incoerência no que toca à dimensão das freguesias comparativamente com o número de habitantes da mesma, leva-nos a uma profunda discussão e reflexão, ao nível das fusões/extinções de municípios e freguesias; a necessidade de uma reforma estatal, maior eficiência, menos burocracia, isenções fiscais, ajudar quem mais precisa, penalizar quem engana o sistema, abolir a excessiva centralização, extinguir governos civis e ainda criar medidas imediatas para a transferência das suas funções para os planos municipais e intermunicipais. Nesta óptica, as competências e atribuições das associações de municípios nas zonas do abastecimento público, transportes e comunicações, ordenamento do território e no aproveitamento e aplicação de fundos comunitários devem ser reforçadas; osmunicípios necessitam de mais autonomia, algum reforço de medidas sociais, uma vez que são estes, que canalizam o trabalho social junto das populações desfavorecidas; a necessidade de um novo paradigma de desenvolvimento sem barreiras para os investidores. Não se trata apenas de criar uma brilhante política económica, é necessário conseguir canalizá-la para investimento; a necessidade de incidir sobre o levantamento exaustivo de projectos parados em gavetas fechadas a “7 chaves” nos organismos da administração central; e por fim a necessidade de um processo de avaliação do próprio Estado.

No âmbito turístico de Faro, foi revelada a dificuldade de encontrar dados turísticos descriminados, ou seja a necessidade de transparência na governação, plataformas de fácil acesso à informação turística, “a nossa oferta não esta especificada ou então é ineficiente”. Ora isto, leva a uma quebra no alcance de novas oportunidade empreendedoras. São também necessários elementos inovadores que sejam marcantes e a compactação serviços turísticos. “As pessoas precisam de ver, para que é que servem os seus impostos e políticos”. Por fim, aproximação entre municípios e o sector empresarial, é necessário apontar um caminho a seguir para a região, através da reunião e discussão entre entidades.

Relativamente aos conceitos de sistema de ensino superior universitário e politécnico, é necessário saber distinguir ambos. A universidade com o seu papel de investigação onde se perde ou ganha o futuro da instituição e os politécnicos com a sua componente empreendedora na criação de oportunidades de emprego. Relativamente ao tópico fusão/”casamento” entre as universidades e politécnicos, a Ualg tem a consciência livre relativamente a este assunto.

Foram ainda abordados outros aspectos como: revisão constitucional, oferta educativa, novos nichos, as suas oportunidades para a região e o associativismo como espaço para se cometer erros. Por fim, é necessário coragem na política, não tenhamos medo de ser "ridículos", caso contrário o pais não vai para a frente. Não tenhamos medo da Mudança! É disto que Portugal precisa!

Rita Ramos

Gabinete de Estudos da JSD Faro