segunda-feira, dezembro 22

Ciclovia em Faro não passa de intenção



 Ciclo via em Faro (neste caso funciona como zona de estacionamento)

Os farenses interrogam-se sobre o que são as linhas azuis que se encontram nas ruas da cidade. Na verdade, estas linhas azuis são ciclovias, por incrível que pareça.


Já que nestes últimos anos tanto se fala da mobilidade nas cidades, alterações climáticas e a degradação da qualidade do ar causada por emissões de Carbono associadas à utilização de automóveis, a solução para minimizar este problema pode passar pela utilização de bicicletas por parte dos cidadãos. 


Associados a estes benefícios está, claramente, a prática de exercício físico e momentos de lazer, combatendo o sedentarismo dos portugueses e a melhoria da saúde pública. Estas ciclovias em Faro não passam de uma boa intenção com uma má execução, uma vez que não demonstram qualquer segurança aos ciclistas, principalmente para as crianças, desencorajando os farenses a optar pela bicicleta como meio de transporte. 


Antes da sua realização, dever-se-ia ter tido como exemplo as verdadeiras ciclovias existentes em Beja e Aveiro, ou na Holanda e Dinamarca. Estas sim transmitem uma verdadeira segurança aos seus utilizadores.

Ciclo via de Beja


Ciclo via de Beja ( à esquerda na imagem)

As verdadeiras ciclovias seriam realmente úteis se ligassem os dois Campus da Universidade do Algarve, o centro da cidade, Montenegro, aeroporto, Praia de Faro, Gambelas, Parque das Cidades e as zonas residenciais de Faro, criando uma verdadeira rede de ciclovias no concelho. Desta forma, poder-se-ia diminuir os problemas de trânsito na cidade e ainda de estacionamento na Ilha de Faro, durante o verão, e na baixa da cidade, com a criação de parques de bicicletas. 


Com estas ciclovias, que não passam de umas linhas azuis nas zonas de circulação rodoviária e em algumas ruas com os carros estacionados em cima das mesmas, é caso para dizer:
                                                              Faro no seu melhor!



4 comentários:

Anónimo disse...

"Tudo isto é triste, tudo isto é Faro..."

Anónimo disse...

As Ecovias do Algarve são uma infra-estrutura vocacionada para a utilização preferencial de bicicleta. Inserem-se num esquema director definido para o Algarve, esquema esse que é constituído por 4 eixos principais: Ecovia do Litoral, Ecovia do Guadiana, Ecovia da Costa Vicentina e Ecovia do Interior.
A Ecovia do Litoral percorre todo o litoral do Algarve numa extensão de 214Km, desde o Cabo de S. Vicente (Vila do Bispo) – km zero – até Vila Real de S. António, atravessando 12 concelhos. O desenvolvimento do projecto resulta de uma parceria entre a Grande Área Metropolitana do Algarve (AMAL), a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve e o Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade – Parque Natural da Ria Formosa.

A AMAL é a entidade gestora do projecto, que conta com uma Comissão Consultiva, composta por cerca de 40 entidades regionais e nacionais (IEP, REFER, EVA-Transportes, forças de segurança, Associações ligadas ao mundo da bicicleta, Governo Civil, Região de Turismo, "Bombeiros", etc.). O projecto está a ser desenvolvido em articulação com a Diputación Provincial de Huelva (Espanha), com o objectivo de garantir a articulação e continuidade no país vizinho.
A Ecovia do litoral tem um investimento associado de cerca de 4,3 milhões de euros, que são financiados a 75% por 3 tipos de programas: INTERREG III-A, QCA III - Programa Operacional do Algarve e PIPITAL -Programa de Investimentos Públicos de Interesse Turístico para o Algarve. Os restantes 25% são suportados pelos respectivos municípios.
A execução da empreitada (concursos de concepção / construção) está a cargo de cada um dos municípios e contempla essencialmente trabalhos de pavimentação, sinalização e de implementação de novas pontes e passadiços. O objectivo foi aproveitar e melhorar caminhos já existentes (que nos conduzem a paisagens magníficas ao longo do litoral algarvio) e dotá-los de sinalização especifica. Existem vários tipos de sinalização (vêr site), desde os simples marcos quilométricos até aos mais elaborados "paineis informativos". Destaque ainda para a realização de obras de arte (pontes em madeira), como por exemplo, na ribeira do Almargem (Tavira) e Lagoa do Salgados (Silves).
Quanto ás Ecovias do Interior, Guadiana e Costa Vicentina o seu financiamento está previsto no Programa Operacional Regional 2007-2013.

Meus caros, pode ser triste mas não é só em Faro. AMAL- Presidente: Macario Correia.

O nome não vos diz nada???

Anónimo disse...

É claro que não é só em Faro...é por todo o Algarve.

Contudo, o que se quer transmitir é que este projecto é uma treta. Uma fantochada, até!

Como as imagens ilustram há locais onde se fazem ciclovias dignas desse nome.

Aliás no tempo do Vitorino houve ciclovias a serem feitas em Faro (Estádio Algarve + Estrada do Caís Comercial). É pena que tenha caído tudo por terra e que os responsáveis autárquicos se sujeitem a este espectáculo deprimente digno de um cenário 3º mundista.

Anónimo disse...

Também não deixa de ser triste em Faro, existirem possibilidades concretas de fazer uma ciclovia a sério e terem optado pelo risquinho azul.

Isto é completamente absurdo e rídiculo.