terça-feira, junho 27

PROBLEMÁTICA AMBIENTAL E O PROTOCOLO DE QUIOTO

Só muito recentemente, após se analisar cuidadosamente as consequências que o forte crescimento económico, (que se verificou sobretudo na segunda metade do século XX), tem no Ambiente, é que as questões ambientais ganharam peso no seio da opinião pública, pressionando os políticos a colocarem estas questões nas suas agendas.

Declarações e resultados de estudos científicos por parte de credenciados investigadores internacionais, aliados a cidadãos que mais tarde se uniram em grupos organizados, procuraram e procuram alertar o Mundo para a progressiva deterioração ambiental, contribuindo gradualmente para o despertar de consciências e para o surgimento de um sentimento favorável à protecção do ambiente, em especial nos meios urbanos dos países mais desenvolvidos da Europa Ocidental.

A queda do bloco de Leste, deixou a descoberto os imensos desastres ambientais, muitos deles directamente associados a graves problemas de saúde humana. De igual forma, o agravar dos mesmos problemas nas regiões mais industrializadas na Ásia e os sinais evidentes de degradação nos locais mais remotos do globo contribuíram de forma decisiva para a afirmação da temática ambiental à escala mundial. Enquanto a crescente importância de um conjunto de actores não estatais na marcação da agenda internacional se encarrega de garantir a atenção dos media, a preocupação e o entusiasmo das empresas em destacar junto dos consumidores as suas políticas ambientais bem como a presença assídua do tema na publicidade, são, entre outros, alguns dos aspectos que demonstram de forma inequívoca como as fronteiras iniciais foram hoje largamente ultrapassadas.

A complexidade dos problemas ambientais, as transformações económicas e sociais necessárias para a sua eliminação ou minimização, aliados ao despertar, (graças a uma maior formação e informação dos cidadãos) de uma consciência ambiental no seio da sociedade, contribuem para assegurar a estes problemas uma crescente notoriedade. Se a disputa por recursos naturais cada vez mais escassos pode facilmente criar e agravar tensões locais ou regionais, os problemas ambientais, em especial os que se desenvolvem à escala planetária, reúnem, pelas suas características próprias, todas as condições para se afirmarem cada vez mais nos grandes fóruns de discussão à escala global, sendo praticamente inevitável que se tornem nas próximas décadas num dos temas principais de discussão.

Dos problemas ambientais mais mediáticos, o aquecimento global, provocado pela concentração na atmosfera de gases como o dióxido de carbono e o metano rapidamente se afirmou como um dos principais. Este fenómeno desencadeia-se porque a presença excessiva destes gases na atmosfera promove o já bem conhecido “efeito de estufa”, contribuindo para um aumento da temperatura média. Actualmente, apesar do avanço tecnológico e apesar da elaboração de inúmeros estudos científicos ainda não é possível encontrar os meios técnicos que possibilitem inverter de forma satisfatória esta situação sem pôr em causa o desenvolvimento económico.

Dos inúmeros impactes ambientais que o aquecimento global poderá provocar nas características climáticas mundiais, destacam-se (já se começa inclusivamente a sentir os primeiros efeitos...), temperaturas médias mais elevadas, dias mais quentes, ondas de calor, geadas, ondas de frio, aumento de Verões secos e quentes, intensificação das secas e inundações associadas ao El Niño, aumento do risco de incêndios desastrosos, aumento do nível médio do mar e aumento da erosão costeira. No caso da Europa, o contraste entre as diversas regiões tenderá a aumentar. Enquanto as zonas mais a Norte podem vir a ser fustigadas por maior precipitação e inundações mais frequentes, as regiões mais a Sul (como o caso de Portugal, Espanha e Grécia) vão assistir a uma diminuição dos seus recursos hídricos, com implicações significativas na qualidade do solo e na produtividade agrícola, favorecendo a desertificação.

Para combater este cenário nada animador surge a necessidade de implementar políticas concretas e objectivas, como o Protocolo de Quioto, (recentemente implementado), que visa reduzir as emissões de dióxido de carbono ao nível das emissões de 1990.

Para que isso aconteça é necessário que todos nós contribuamos (e não só as indústrias) para este objectivo optando cada vez mais pela utilização de energias renováveis e poupando no consumo de energia.

1 comentário:

Anónimo disse...

Vamos já reduzir as emissões de dióxido de carbono para a atmosfera...

Estou ao dispor de todos para controlar desde já as emissões por parte do bloco esquerda, PCP e PS!

Ajudem todos companheiros!

POR UM MUNDO MELHOR!!!!!!!!