Faro: Executivo liderado por Macário Correia toma posse perante sala cheia

Luís Coelho continua na presidência da assembleia municipal

Uma semana e dois dias depois das eleições autárquicas de 11 de Outubro, Macário Correia e o seu executivo tomaram posse para um mandato de quatro anos na gestão da Câmara Municipal de Faro, em cerimónia que lotou por completo o Teatro Municipal de Faro. 

No seu discurso, o novo presidente, eleito pela coligação «Faro está Primeiro», que agregou PSD, CDS-PP, MPT e PPM, definiu duas prioridades estratégicas para o concelho mas assinalou que os primeiros trabalhos já estão definidos. 

“Nos próximos dias, vamos limpar as sucatas, latas, lixos e carros abandonados, de forma a tornar Faro numa cidade mais limpa e simpática para quem nos visita”, sublinhou o autarca farense, que se transfere de Tavira, concelho que liderou nos últimos 12 anos. 

Quanto às prioridades estratégicas, passam por lançar um “plano estratégico que sirva como carta de orientação a 10/15 anos, de forma a pensar as funções da cidade e concelho” e “ordenar espacialmente a cidade”, avançando para a revisão do Plano Director Municipal, incidindo no urbanismo, transportes ferroviários e rodoviários e ligação com a Ria Formosa. 

O novo presidente da câmara de Faro defende um posicionamento estratégico cujas referências serão Évora, Coimbra e Porto, porque Lisboa é um caso «à parte». “Quero uma cidade equipada, infra-estruturada e com qualidade urbana”, disse.

“Um trabalho de fundo que precisa de uma estratégia forte”, acrescentou, sustentando: “É preciso andar depressa, pois perdemos o contacto com o «pelotão da frente».” Lançar o concurso para as camas turísticas e activar projectos turísticos previstos são tarefas imediatas. 

A médio prazo, Macário Correia recordou os principais projectos para a capital algarvia, entre os quais um Parque de Feiras, Exposições e Negócios, uma Sociedade de Reabilitação Urbana para o centro histórico e uma estação intermodal nas Pontes de Marchil que, em conjunto com uma nova linha ferroviária a norte da cidade leve, no futuro, “à eliminação da actual linha que atravessa a baixa e afasta o contacto com a Ria”. 

As contas da autarquia também foram abordadas pelo político social-democrata, que pretende “reestruturar os modelos de gestão, melhorando a produtividade e reduzindo os custos”. E sobre os trabalhadores, disse que “dá pena” ver como trabalham: “Sem espaço, sem segurança e sem o apetrechamento tecnológico necessário nos tempos que correm.” 

Quanto às ilhas-barreira, o novo presidente da câmara opinou que a situação real “piorou”, apesar “dos 30 anos de promessas”. “É preciso ter uma atitude responsável, firme e determinada”, afirmou, visando “mais transporte marítimo, a regularização da situação nos núcleos, a construção de habitação condigna para residentes e profissionais, a limpeza das áreas”. 

Quanto ao Programa Polis, Macário Correia assinalou que é para “cumprir, no essencial, e em parceria com a administração central”, embora se declare contra o que está planificado para os Hangares. 

A finalizar o discurso, o presidente da câmara elogiou a “nobreza” com que decorreu a passagem de testemunho, aplaudindo a acção do executivo cessante, liderado por José Apolinário. “Temos reunido desde o dia seguinte às eleições e estou em plenas condições para iniciar funções na câmara ainda hoje”, disse o social-democrata, à margem da cerimónia. 

De acordo com o anunciado ainda antes das eleições autárquicas de 11 de Outubro último, os pelouros serão distribuídos por Macário Correia (Gestão Urbanística, Segurança e Protecção Civil), Rogério Bacalhau (Educação, Recursos Humanos e Finanças), Teresa Correia (Planeamento Urbano, Infra-estruturas e Equipamentos), Alexandra Gonçalves (Cultura, Acção Social, Economia e Turismo) e Paulo Santos (Desporto, Juventude e Sistemas de Informação). 

PS lidera assembleia municipal

Após a tomada de posse dos novos membros do executivo (cinco elementos para a coligação vencedora e quatro para o PS) e da assembleia municipal, decorreu a votação para este último órgão, que será constituído por 33 membros – 14 do PS, 14 da coligação «Faro está Primeiro», três da CDU, um do Bloco de Esquerda e um do movimento «Cidadãos com Faro no Coração». 

Após quatro empates para a eleição da mesa (repetindo-se sempre o mesmo resultado: PS e a coligação «Faro está Primeiro» com 15 votos cada e 3 abstenções), saíram beneficiados os socialistas, por terem sido os mais votados nas últimas autárquicas – e, consequentemente, Luís Coelho, que assim sucede a si mesmo como líder da assembleia municipal. 

“Depois de eleições muito disputadas e acompanhadas, sabemos que a responsabilidade será maior. A assembleia municipal não será força de bloqueio e estará ao lado de quem lidera a autarquia porque ainda há muito para fazer em Faro”, disse o ex-presidente da câmara de Faro, entre 1995 e 2001.

É claro que nós como JSD/Faro apesar de termos feito tudo o que estava ao nosso alcance para que esta vitória fosse alcançada, vamos continuar a trabalhar para que junto dos jovens o concelho de Faro seja mais reconhecido, melhor equipado a nível desportivo e não só, melhor preparado a nível de habitação jovem, possua melhores condições para que aqui se restabelecerem, proporcionar uma melhor mobilidade entre as escolas e pólos universitários, vamos continuar a promover mais actividades junto dos jovens, porque são os jovens que são o futuro deste concelho, por isso é neles que se deve apostar forte.

Fonte: adaptado de Região Sul

http://www.regiao-sul.pt/noticia.php?refnoticia=99130

Imagens:

Fotografias de Pedro Abrantes (JSD/Faro)