quinta-feira, agosto 31

CONSUMO DA PÍLULA DO DIA SEGUINTE DUPLICA!

O consumo da píluda do dia seguinte duplicou nos últimos 4 anos, sendo o Algarve a região portuguesa que mais utiliza este contraceptivo.

A procura da pílula do dia seguinte tem vindo a aumentar significativamente desde que foi introduzida no mercado. Hoje, as jovens recorrem muito a este tipo de pílula, constituindo mesmo, por vezes, alguma irresponsabilidade na utilização de métodos mais seguros e uma facilitação nas relações ocasionais.

A pílula do dia seguinte é um método anticoncepcional que interfere na ovulação, na fecundação e no revestimento interno do útero (endométrio), criando um ambiente impróprio para a implantação do óvulo fecundado, consoante a fase do ciclo em que é tomada.

Esta pílula, que se encontra à venda nas farmácias, é composta por doses elevadas de progestagénio (levonorgestrel) isolado ou associado a estrogénio (etinilestradiol). De notar que os progestagénios isolados são mais eficientes e causam menos efeitos colaterais, como náuseas, do que a associação de hormonas, não tendo esta pílula qualquer tipo de efeito sobre uma gravidez.

A pílula do dia seguinte ou contracepção de emergência deve ser utilizada para prevenir a gravidez após uma relação sexual desprotegida ou mal protegida. Por exemplo, quando esta ocorre durante o período fértil, nos casos em que houve um esquecimento na toma da pílula anticoncepcional normal ou em caso de ruptura do preservativo.

A pílula do dia seguinte deve ser tomada até 72 horas depois da relação não protegida. É também necessário que a mulher tenha consciência de que podem surgir efeitos secundários associados à toma deste contraceptivo. Os principais efeitos são cefaleias, náuseas e vómitos, mas também é comum haver irregularidade na próxima menstruação.

Recomenda-se, ainda, que mulheres com factores de risco tromboembólicos pessoais ou familiares evitem a ingestão deste tipo de produto, ainda que os riscos de complicações vasculares associados à pílula do dia seguinte estejam mal avaliados.

No caso de utilização recorrente da pílula de emergência, as altas dosagens de hormonas podem causar retenção de líquidos, tensão alta, náuseas, tromboembolismo e desequilíbrio hormonal, constituindo uma grave agressão ao organismo.

2 comentários:

Anónimo disse...

tenho pena de esta pilula nao existir ha 50 anos, era a unica forma de nao termos estes abortos no governo!!!!

Anónimo disse...

Se calhar se não se tivesse uma atitude religiosa em relação às tão faladas aulas de Educação sexual, e se este fosse realmente um país desenvolvido onde se fala de assuntos relacionados com a sexualidade talvez esses números não fossem tão altos.