segunda-feira, janeiro 8

TRISTE EXEMPLO DEMOCRÁTICO

Foi com perplexidade que a JSD/Faro teve acesso às declarações dos deputados do PS eleitos pelo Algarve, publicadas no jornal Barlavento, ao acusarem a JSD regional de ter agido de forma demagógica ao alegadamente reclamar para si a iniciativa da criação de um curso de medicina na Universidade do Algarve.

O deputado socialista Hugo Nunes foi mais longe e classificou a forma como foi conduzida a petição, debatida na passada semana no plenário da Assembleia da República, de "demagógica" e "extemporânea", uma vez que a JSD apanhou o comboio em andamento e quer utilizar a petição para se fazer passar pelo maquinista".

Perante estas declarações, os elementos da JSD que andaram durante quase 6 meses a recolher um pouco por todo o Algarve as quase 10.000 assinaturas que foram entregues na Assembleia da República em Julho último, sentem-se indignados e preocupados com a forma e com o desprezo que estes políticos socialistas encaram a democracia directa e participativa dos cidadãos.

Em primeiro lugar, tem de ficar claro que a JSD defende desde 1998 a criação de um curso de Medicina no Algarve. Por outro lado, a decisão da criação do curso de medicina na Universidade do Algarve não está tomada até porque neste momento o curso ainda está a ser avaliado por uma comissão internacional de avaliação e só após o parecer deste grupo é que o projecto será enviado para decisão do Governo.

Neste sentido, a petição serve para sensibilizar e alertar os políticos responsáveis, que a população algarvia considera imprescindível a existência de um curso de medicina nesta região. Assim, não se pode compreender como é que pessoas à partida devidamente esclarecidas e com responsabilidades acrescidas pelos cargos que ocupam, vêm a público “censurar” uma iniciativa que a JSD sempre defendeu como supra-partidária e que recebeu um apoio e uma receptividade impressionante por todo o Algarve.

Estes sr.s deputados em vez de andarem a criticar as iniciativas da JSD que visam defender os interesses do Algarve e dos algarvios, deveriam ir para o terreno identificar as carências da região e propor medidas que visem defender esta região na Assembleia da República.

Também deveriam criticar a forma como a Assembleia da Republica se interessou por estes 10.000 cidadãos ao ter atribuído meia dúzia de minutos para se discutir e debater este tema na referida assembleia, evidenciando assim a indiferença com que as petições são tratadas no seio da democracia portuguesa, que constantemente critica o desinteresse das pessoas pelo não exercício dos seus direitos de cidadania junto das instituições políticas.

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