quarta-feira, novembro 1

“Acordem Farenses”

O tema de hoje, como não podia deixar de ser, é o acordo entre o governo português e o governo Moçambicano acerca da barragem de Cahora Bassa. Antes de mais nada, vamos conhecer um pouco esta Barragem:“Cahora-Bassa é um distrito da província de Tete, em Moçambique, com sede na vila de Songo. Tem limite, a norte o distrito de Marávia, a oeste com o distrito de Magoé, a sul com o Zimbabwé, a leste com o distrito de Changara e a nordeste com o distrito de Chiuta. De acordo com o Censo de 1997, o distrito tem 57 675 habitantes e uma área de 10 598 km², daqui resultando uma densidade populacional de 5,4 h/km². É neste distrito que se encontra a barragem de Cahora Bassa, no rio Zambeze.

A barragem de Cahora Bassa (Cabora Bassa durante o período colonial português) situa-se no Rio Zambeze, na província de Tete, em Moçambique. O seu lago é o segundo maior de África, com uma extensão máxima de 250 km em comprimento e 38 km de afastamento entre margens, ocupando cerca de 2700 km2 e tendo uma profundidade média de 26 m. O sistema hidroeléctrico esteve esporadicamente ao serviço durante a década de 1980 devido à guerra em Moçambique. É actualmente o grande elemento produtor de electricidade em Moçambique, com capacidade superior a 2.000 megawatts, que abastece Moçambique, África do Sul, Zimbabué e Malawi.”

Texto retirado de: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Iniciada em 1969 e concluída em 1975, a central hidroeléctrica tem um volume de negócios de 174,5 milhões de euros por ano. Ora se o governo português era detentor de 85% da barragem quer dizer que 148,325 milhões de euros por ano eram o volume de negócio. Mas o governo português assim resolveu a questão: perdoou mais de mil milhões de euros da dívida da Hidroeléctrica Cahora Bassa (HCB), cujo total ascende a 1,9 mil milhões de euros.

Como é do conhecimento geral a FRELIMO, durante a denominada "luta de libertação nacional" tudo fez para evitar a construção da Barragem de Cahora-Bassa, a quinta maior do mundo, obra que deveria ser orgulho dos portugueses, não só quanto à sua dimensão, como às circunstâncias que rodearam a sua construção. "Esta maravilhosa obra humana do género humano constitui um verdadeiro hino à inteligência, um promotor do progresso, um orgulho para os empreiteiros, construtores e trabalhadores desta fantástica realização.

Nós já estamos habituados a ouvir a expressão “apertar o cinto” e isto aplica-se a todos os cidadãos. Agora não entendo como é que se perdoa uma divida, quando o tempo é de crise. Não entendo como é que se pode dizer que este acordo é um acordo estratégico. “O primeiro-ministro salvaguardou, porém, que, por razão dos “compromissos com Bruxelas”, como a redução do défice orçamental”, a tomada desta posição. Já todos nós conhecemos o processo de descolonização mas não aprendemos a lição. Volta–se a fazer o mesmo. Mas será que este projecto não é rentável?!

Porque razão o governo também não perdoou a divida com o Farense?!!!!... Hoje temos de pagar um estádio, que mais parece um salão de festas. Para um salão de festas não é necessário que se gaste aproximadamente 500 mil contos anuais em gestão (…Mas gestão do quê?!...). O executivo socialista da Câmara de Faro deveria rapidamente resolver esta questão.Sinceramente não se entende estes processos. Até parece que andam por aí a passar “atestados de burrice” a todos os portugueses!!!!!!

7 comentários:

Anónimo disse...

Será que 10 milhões de atestados de burrice tem peso no defice orçamental?!

Anónimo disse...

Isto é um bom pretexto para se fugir ao fisco....

Anónimo disse...

Já não chega os projectos meganomulos para ainda por cima se perdoar as dividas aos pretos...

Anónimo disse...

Poderemos ainda dizer: Portugal é um exemplo de eficiencia na educação, na formação, na justiça, na saude, tem as melhores estradas da Europa, as autoestradas não têm portagens e inda perdoa dividas. Portugal é um paraíso.

Anónimo disse...

Bom post!

Infelizmente quem tem de pagar estes erros sucessivos de gestão, que acontecem ano após ano, é o zé povinho.

Tal como tu deste a entender e bem: Os erros acontecem, mas não se aprende nada com eles...

Anónimo disse...

Esta Barragem sempre deu prejuizo e Portugal sempre suportou os custos.

Agora que nos últimos anos começou a dar lucro, Portugal desfaz-se da sua forte participação nesta estrutura. Até parece que Portugal só se interessa por negócios enquanto eles estão falidos ou dão prejuizo.

Isto é que é Gestão! O incrivel é terem a lata de vir para a televisão e restantes órgãos de comunicação apregoar que isto é um grande negócio para Portugal.

Anónimo disse...

ainda nao percebi onde esta o BOM para Portugal....

realmente é no minimo bizarro a vertente deles de bons negocios. não é preciso ter um minimo de cunhecimento de contabilidade, ou de economia para se perceber que não foi a melhor jogada... depois ainda dizem.... apertem o cinto.... já não temos espaço no cinto para tantos furos...