quinta-feira, novembro 30

CAMARATE FOI ATENTADO!

Às 20H19 do dia 4 de Dezembro de 1980, o avião Cessna que iria transportar o primeiro-ministro Francisco Sá Carneiro e o ministro da Defesa Adelino Amaro da Costa para a cidade do Porto, despenhou-se logo após a sua descolagem, tendo morto dois dos mais estimados líderes da direita portuguesa.

A bordo, para além destes 2 políticos, iam Snu Abecassis, (companheira de Sá Carneiro), António Patrício Gouveia (chefe de gabinete de Sá Carneiro) e 2 pilotos.

Apesar dos indícios mais ou menos evidentes que reforçam a tese de atentado, incluindo dezenas de testemunhas oculares que afirmam ter visto o avião explodir e a existência nos destroços do avião vestígios de uma possível bomba, a verdade é que após inúmeras investigações nunca se chegou à verdade, até porque este assunto não é nada cómodo nem politicamente correcto, pondo mesmo, segundo Frederico Valarinho (director da Focus) em causa pessoas e instituições que, em principio, deviam sempre ter-se mantido acima de qualquer suspeita…

É incrível, mas a realidade é que ao final destes 26 anos tiveram de ser alguns jornalistas da revista Focus, (há anos atrás também já tinha havido um filme que chegou às mesmas conclusões) que seguindo um conjunto de pistas claras e evidentes, publicaram esta semana a verdade sobre o atentado que vitimou Sá Carneiro!

O próprio autor do engenho explosivo (José Esteves), que muitos, de acordo com o director da referida revista, preferiram ver cair num cómodo esquecimento veio agora tornar publico que fabricou uma bomba destinada ao Cessna e denunciou nomes e os objectivos desta acção terrorista, que se prendiam sobretudo com o tráfico de armas que os 2 políticos se preparavam para denunciar na ONU, uma vez que Portugal era um dos membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

No entanto, de acordo com a revista Focus, Camarate já não vai ser julgado em tribunal, uma vez que este caso prescreveu em Setembro último, conforme a decisão Tomada pelo Supremo Tribunal de Justiça, em Maio deste ano.

Por outro lado, na Assembleia da Republica está em cima da mesa uma proposta para que quando uma Comissão de Inquérito Parlamentar conclua pela existência de indícios de crime, tal deverá dar lugar a uma acusação do Ministério Publico e a um julgamento.

Esperemos que, ao final de 26 anos, dada a gravidade da situação o processo reabra e se faça finalmente justiça!

2 comentários:

Anónimo disse...

A justiça portuguesa está no pântano!

Como se um atentado a um primeiro-ministro pudesse prescrever sem se saber toda a verdade!

Anónimo disse...

Quem tudo fez para que houvesse prescrição deste caso, foi de acordo com a revista FOCUS o antigo procurador-geral da República, Cunha Rodrigues.

Deveriam ter-lhe perguntado o porquê de tal decisão.