quinta-feira, novembro 30

CAMARATE FOI ATENTADO!

Às 20H19 do dia 4 de Dezembro de 1980, o avião Cessna que iria transportar o primeiro-ministro Francisco Sá Carneiro e o ministro da Defesa Adelino Amaro da Costa para a cidade do Porto, despenhou-se logo após a sua descolagem, tendo morto dois dos mais estimados líderes da direita portuguesa.

A bordo, para além destes 2 políticos, iam Snu Abecassis, (companheira de Sá Carneiro), António Patrício Gouveia (chefe de gabinete de Sá Carneiro) e 2 pilotos.

Apesar dos indícios mais ou menos evidentes que reforçam a tese de atentado, incluindo dezenas de testemunhas oculares que afirmam ter visto o avião explodir e a existência nos destroços do avião vestígios de uma possível bomba, a verdade é que após inúmeras investigações nunca se chegou à verdade, até porque este assunto não é nada cómodo nem politicamente correcto, pondo mesmo, segundo Frederico Valarinho (director da Focus) em causa pessoas e instituições que, em principio, deviam sempre ter-se mantido acima de qualquer suspeita…

É incrível, mas a realidade é que ao final destes 26 anos tiveram de ser alguns jornalistas da revista Focus, (há anos atrás também já tinha havido um filme que chegou às mesmas conclusões) que seguindo um conjunto de pistas claras e evidentes, publicaram esta semana a verdade sobre o atentado que vitimou Sá Carneiro!

O próprio autor do engenho explosivo (José Esteves), que muitos, de acordo com o director da referida revista, preferiram ver cair num cómodo esquecimento veio agora tornar publico que fabricou uma bomba destinada ao Cessna e denunciou nomes e os objectivos desta acção terrorista, que se prendiam sobretudo com o tráfico de armas que os 2 políticos se preparavam para denunciar na ONU, uma vez que Portugal era um dos membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

No entanto, de acordo com a revista Focus, Camarate já não vai ser julgado em tribunal, uma vez que este caso prescreveu em Setembro último, conforme a decisão Tomada pelo Supremo Tribunal de Justiça, em Maio deste ano.

Por outro lado, na Assembleia da Republica está em cima da mesa uma proposta para que quando uma Comissão de Inquérito Parlamentar conclua pela existência de indícios de crime, tal deverá dar lugar a uma acusação do Ministério Publico e a um julgamento.

Esperemos que, ao final de 26 anos, dada a gravidade da situação o processo reabra e se faça finalmente justiça!

quarta-feira, novembro 29

ASSESSOR COM AUMENTO DE 23%

Numa altura em que se discute o aumento do ordenado mínimo, deste passar para os 400€ e da anunciada subida dos funcionários públicos de 1.5%, O ministro da Agricultura, Jaime Silva, aumentou o seu assessor de Imprensa, Mário Ribeiro, em 23%....

Mário Ribeiro, ex-jornalista da revista ‘Focus’, foi nomeado assessor de Imprensa em Março de 2005 com um salário correspondente ao de adjunto de gabinete. O despacho não referia o valor em causa, mas, o salário que tem recebido até agora é da ordem dos 2800 euros. Porém, ontem foi publicado no Diário da República um despacho do ministro que fixa o salário de Mário Ribeiro em 3450 euros por mês, acrescidos de respectivos abonos para despesas de representação, subsídio de refeição, subsídios de férias e de Natal. Feitas as contas, o assessor de Imprensa de Jaime Silva foi aumentado 650 euros, o que representa, um acréscimo de 23 por cento. Mário Ribeiro explicou que o aumento de salário se deve a “ um aumento de responsabilidade, por ter passado a chefiar o gabinete de Imprensa do Ministério”.Note-se que no Governo existem outros assessores que auferem a mesma quantia, como Duarte Moral, assessor do ministro da Administração Interna, António Costa. Mário Ribeiro, foi assessor de José Sócrates quando este era ministro Adjunto do primeiro-ministro, António Guterres.

Fonte: Correio da Manhã

segunda-feira, novembro 27

AFINAL PARA QUANDO O CARTÃO JOVEM MUNICIPAL?

Após em Junho, a Câmara Municipal de Faro ter anunciado a assinatura do Protocolo entre a Movijovem e o referido municipio para a entrada em circulação do Cartão Jovem Municipal, eis que praticamente passados 6 meses tudo continua parado, ao invés do que se passa noutros concelhos algarvios, que assinaram o protocolo na mesma data e onde os jovens já podem adquirir e usufruir deste cartão.

O Cartão Jovem Municipal, tem como principais características o facto de, para além das vantagens associadas ao clássico Cartão Jovem EURO 26, proporcionar, vantagens e descontos na utilização de infra-estruturas, equipamentos e serviços municipais, e, ainda, em bens e serviços locais e regionais.

A JSD/Faro alerta às promessas eleitorais que o actual executivo camarário andou a "apregoar" um pouco por todo o concelho, estranha o motivo de tão prolongada espera, ficando, infelizmente, mais uma vez evidente o marasmo e o desnorte com que este executivo autárquico tem conduzido a gestão e os destinos do concelho de Faro.


A JSD/Faro inconformada com esta situação, deixa claro que tudo fará para exigir junto da autarquia farense, que este Cartão Municipal começe a circular o mais depressa possível no concelho.

terça-feira, novembro 21

JANTAR DE ANIVERSÁRIO DA JSD/FARO


A JSD/Faro vai organizar dia 8 de Dezembro por volta das 20 horas, o jantar comemorativo do seu 31º Aniversário.

O custo de cada bilhete é de 10 setas e poderás adquiri-lo junto dos dirigentes da JSD/Faro, ou então envia um e.mail (jsd.faro@gmail.com) para efectivares a tua reserva.


Não faltes!

domingo, novembro 19

PLENÁRIO DE SECÇÃO

Ao abrigo dos Estatutos Nacionais da JSD e Regulamentos aplicáveis, convoca-se o Plenário de Secção de Faro para reunir no próximo dia 7 de Dezembro de 2006 pelas 20 horas na sede da Secção, sita na Rua Vasco da Gama, nr. 54, 1ºDto, com a seguinte Ordem de Trabalhos:

1 - Eleição dos Delegados ao Conselho Distrital

Notas:- As urnas estarão abertas durante o período de duas horas.- As listas deverão ser entregues à Presidente da Mesa do Conselho Nacional, ou quem estatutariamente a substitua, na Sede da Secção, até às 24 horas do terceiro dia anterior, respeitando as normas estatutárias e regulamentares da JSD.

A Presidente da Mesa do Conselho Nacional
Ana Zita Gomes

quinta-feira, novembro 16

ESTUDANTES DO SECUNDÁRIO PROTESTAM EM FARO

Hoje, 5ª feira, centenas de alunos das Escolas Secundárias de Faro e das restantes escolas do sotavento algarvio realizaram uma manifestação que percorreu as principais artérias da capital algarvia, culminando com a entrega no Governo Civil de uma moção de protesto contra a forma como as polémicas “aulas de substituição” têm sido dadas.

Entre gritos e palavras de ordem contra o Governo e contra a Ministra da Educação, um dos responsáveis da organização e simultaneamente dirigente da Associação de Estudantes da Escola Secundária João de Deus, Luís Gabadinho, afirmou à agência Lusa que "Nas aulas de substituição passamos 90 minutos sem fazer nada, nós estamos desmotivados e os professores também, porque estão a dar uma disciplina que não é a deles".

Depois dos professores, foram agora os estudantes que se manifestaram contra as aulas de substituição que nos moldes em que estão a ser dadas, não são mais do que uma forma de "prender" os alunos dentro de uma sala de aula.

Não seria mais vantajoso durante estas aulas de substituição, aproveitar o seu tempo para se dar educação cívica e educação sexual, tanto mais que um dos argumentos para que estas matérias não sejam leccionadas é pelo facto da carga de aulas ser já muito grande?

quarta-feira, novembro 15

CONSELHO EXECUTIVO DA ESCOLA DE MONTENEGRO PEDE DEMISSÃO

Comunicado da JSD/Faro...

Em virtude da demissão ora assumida pelo Conselho Executivo do Agrupamento de Escolas do Montenegro, vem a JSD/Faro, manifestar total solidariedade para com este órgão de gestão escolar e para com o corpo docente da Escola.

Mais entende esta estrutura partidária os reais motivos que levaram a tal demissão, e lamenta a falta de solidariedade e apoio do Ministério da Educação através da sua Direcção Regional de Educação e do executivo socialista da Câmara Municipal de Faro.

Não podemos deixar de nos sentirmos defraudados como munícipes e como Farenses, porque o deficiente funcionamento desta Escola, com acabamentos à pressa, falta de recursos técnicos e humanos, não são benéficos à vida escolar, sendo sim, infelizmente prejudiciais para pais, alunos e restante comunidade educativa da freguesia do Montenegro, do nosso concelho de Faro.

A Presidente do Núcleo de Montenegro da JSD/Faro
Filipa Silva

segunda-feira, novembro 13

Estacionamento pago em Faro

"A partir de hoje cerca de 700 lugares de estacionamentos adjacentes à baixa de Faro passam a ser pagos a 70 cêntimos à hora, 90 à segunda hora, e 1,30 cêntimos na terceira hora. Na zona envolvente, descrita como zona B, que abrange a área que liga o Mercado Municipal à Baixa, os preços são mais baratos: 40 cêntimos na primeira hora, 50 na segunda e 60 na terceira. Gratuitos continuam os estacionamentos do Parque do Teatro Municipal (217 carros), no Parque da Avenida da República (113) e no Largo de São Francisco (950 lugares). O edil local, o socialista José Apolinário, justifica a entrada em funcionamento da cobrança pelo facto dos parquímetros já estarem instalados. Em declarações à Lusa disse ainda: "A empresa a quem foi concessionado o parqueamento celebrou um contrato com a autarquia que tem que ser cumprido". Recorde-se, o PS Algarve chegou a pedir a demissão do autarca José Vitorino enquanto presidente da câmara de Faro, acusado de fixação de tarifários ilegais nos parquímetros, previstos para entrar em funcionamento em Junho do ano passado. "
In Região Sul
Parece que agora já não é ilegal. Mais um motivo para os comerciante da baixa de Faro, porem as mãos na cabeça...

domingo, novembro 12

ATINGIMOS AS 3000 VISITAS!!!

Após há quase um mês se ter alcançado as 2000 visitas, o jovem Blog "Pensar Faro" atingiu hoje as 3000 e de acordo com o Blogómetro nacional está entre os 500 blogs mais lidos em Portugal ocupando a 497ª posição.

Mais uma vez, a JSD/Faro agradece a tua visita, esperando que continues a ser um leitor assíduo do PENSAR FARO.

sexta-feira, novembro 10

ORÇAMENTO DE ESTADO

Como não podia deixar de ser, a semana passada muito se falou sobre o orçamento de estado. O texto que irei apresentar terá um carácter de sensibilização. Não vou tomar posições politicas.

Mas afinal o que é isto?! Para os menos entendidos na matéria: imagine o seu orçamento familiar anual, tenha em conta os gastos, na educação dos seus filhos, na renda da casa ou na prestação da casa, a prestação do carro, o desgaste da casa, vestuário, alimentação, férias, etc. Agora imagine isto á escala nacional. Como não podia deixar de ser, é uma qualquer coisa de extrema complexidade. O governo que é o elebora este documento, afirma que é o melhor orçamento; por outro lado a oposição defende que é o pior de todos. Mas afinal como é que ficamos?!...Antes de mais nada recomendo que a todos os interessados deêm uma olhadela em http://www.dgo.pt/oe/2007/Proposta/index.htm? , e tirem as vossas conclusões. Não vou para já se é bom ou um péssimo orçamento. Este documento não é de fácil interpretação, alem de existirem demasiadas variavéis e previsões. Ora todos nós sabemos que previsões não são sempre verdadeiras. Mas existe a obrigação de estas previsões serem sempre as melhores e mais fiavéis. Claro qu o governo tendencialmente puxa o braço á sua sardinha.

Mas existe numeadamente questões que têm de ser retificadas. Sem duvida, e isto toda nós sabemos e verificamos no nosso dia-adia, o estado tem um peso considerável em todos nós. Repare na taxa do I.V.A. Repare no peso do imposto sobre os produtos petrolíferos. Repare na taxa da agua, da luz, do telefone, na TVcabo. Tudo o que é transacionavel o estado tem a sua parte. Em qualquer factura o estado tem o seu quinhão. Os medicamentos uma simples consulta médica, etc, etc, etc….Sabemos que o que todos nós produzimos não é suficiente para pagar as despesas. A isto chama-se défice. Imagine que o seu orçamento familiar, todos os anos acumula dividas para os anos seguintes. Uma uma situação insustentável. Não é verdade?!...Como é que nós iremos inverter este problema?!...deixo aqui a questão para todos refletirem. Numa escala familiar, com alguns cortes na despesa consegue-se equilibrar as contas. Agora a uma escala nacional a questão é diferente. Não nos podemos esquecer que cortes orçamentais, podem ter consequências sociais graves. Menos poder de compra, mais desemprego.

Este orçamento prevê uma restruturação na função publica. Todos nós sabemos que os serviços públicos têm como demanda a lentidão. Muita burocracia. Também existe demasiada gente na função pública. Tudos nós sabemos.O ideal seria despedir alguns números grandes de empregados, mas temos aqui uma questão social. Não é um caminho muito popular. Existem sectores que estão sobrepopulados e outros com défice de empregados. Mas mesmo que se restruture neste sentido, o peso continua. Deixo ao vosso critério. Não nos podemos esquecer também dos direitos adquiridos. Aqui temos de por um STOP. Esta questão é extremamente complexa e subjectiva, mas temos de uma vez por todas cortar com as despesas. Reparem que independentemente da cor politica que esteja no governo estas medidas mais cedo ou mais tarde têm de ser tomadas. Chegou o momento. Não estou a defender este orçamento mas temos de olhar todos, para um interesse comum. A nossa liberdade acaba quando interfere com a liberdade do nosso semelhante. É verdade. Quanto mais tarde adiarmos mais tarde os nossos filhos irão sofrer. Não é isto que nós queremos de futuro, concerteza. Reparem que quanto mais baixa for a despesa, por consequência os impostos serão mais baixos. O estado não tem interesse em lucrar monetariamente com os impostos. É um serviço publico.

Segurança social. Isto é uma matéria de uma enorme complexidade, pois prevê o pagamento das nossa reformas. Não sou um entendido na matéria, mas uma coisa é certa. Ninguém pense que não terá. Todo o cidadão tem direito á sua reforma e o estado irá sempre honrar o seu compromisso. Claro que é normal que ao longo dos anos iremos ter novas reformas neste âmbito. Os tempos mudam. Não existem modelos eternos.
Fica aqui aberta a discussão.

LIBERDADE DE EXPRESSÃO

A quando dos tempos após 25 Abril vivíamos numa comunidade fechada. Aliás muito fechada. Andava já o resto do mundo a desenvolver-se e nós os portugueses a vivermos tempos puramente rurais. Com uma economia muito fechada que se resumia á lavoura da terra. Tecnologicamente isso não existia. Deve referir que a tecnologia existem era resumida á enxada, ao foicinho, ao carro de mão, ao carro de vacas. Já existia alguns carros mas isso era coisa para os grandes senhores. Enquanto no estrangeiro já existia um dia-a-dia que hoje nós todos temos. Liberdade de expressão era coisa só de sonhos, pois os PIDES andavam por todo o lado. Era normal que um vizinho nosso fosse então o “escuta” do então governo.

A questão da revolução do 25 de Abril de 1974, revolucionou a nossa comunidade. E ainda bem. Portugal conheça então a acordar para o que andava lá fora. Mas mesmo assim não soubemos pelo menos copiar o que os outros já tinham conquistado. Em França é que é bom. Inglaterra sempre foi poderosa. O Luxemburgo era muito cobiçado. Parece que havia trabalho para toda a gente. Nós por cá, andava tudo numa reviravolta, já se podia votar sem existiram pressões governamentais, já se podia ter opinião sobre qualquer coisa mas mesmo assim não se sabia seguir exemplo dos outros países. A nossa mentalidade andava muito reservada. Mas se olharmos para a extensa historia de Portugal, poderemos concluir que o povo sempre sabia o que queria. Não tínhamos governantes á nossa altura. Pode-se contar pelos dedos de uma mão os governantes que realmente conseguiram mudar as coisas.

Nos dias de hoje podemos e muito bem usufruir da tal liberdade de expressão, mas esquecemos que a nossa liberdade acaba quando interferimos com a liberdade dos outros. Hoje qualquer um pode dizer mal de qualquer um sendo os nossos governantes sempre os preferidos. Parece que o cidadão ainda não acordou. Parece que o cidadão não entende que também tem poder mas quando é solicitado para tal ninguém está interessado. Por exemplo a questão do voto. Não se entende como é que em Portugal existe sempre uma elevada taxa de abstenção. Se está a chover é por que está a chover. Se está sol vai tudo para a praia. O cidadão ainda não entendeu que tem o direito e deve usar esse direito. A decisão de uns influência todos os outros.

Nós neste Blog damos a toda a comunidade farense e não só, o poder de comentar e de expressar as suas ideias mas parece que ninguém está interessado. Não entendo porquê. Deve ser mais interessante dizer mal dos políticos e dos futuros políticos. Isto no futuro será sempre pior do que agora. Por favor não tenham medo de participar. A PIDE já não existe. Não tenham medo que ninguém ira vos roubar. Participem.

segunda-feira, novembro 6

JSD/FARO RESPONDE A APOLINÁRIO

Comunicado da JSD/Faro

Foi com grande perplexidade que a JSD/Faro teve conhecimento do teor da entrevista do Dr. José Apolinário no último número do jornal “O Algarve” em que, com direito a primeira-página, catalogou de “fundamentalista” a petição da JSD/Faro para a criação do Parque Ambiental do Pontal.

Na referida peça, intitulada “Faro chumba petição fundamentalista”, o presidente da Câmara de Faro alega que foi desafiado a assinar a petição, mas que prontamente declinou.

Em primeiro lugar, a Comissão Política da JSD/Faro, em nome do rigor, da transparência e da verdade, esclarece que nunca desafiou nem convidou o Sr. Presidente da Câmara a assinar a referida petição, uma vez que o próprio abaixo-assinado é endereçado ao Sr. Presidente da Câmara e não faz qualquer sentido o Dr. Apolinário assinar uma petição que lhe é dirigida. Neste sentido, a JSD/Faro entende que a conduta do Dr. Apolinário evidencia má-fé, deslealdade e uma absurda tentativa de descredibilizar uma iniciativa a que os Farenses têm aderido massivamente. Deste modo, faltando à verdade, lança a confusão sobre uma matéria que deve ser discutida com ponderação e sentido de responsabilidade, o que nos leva a concluir que por detrás deste exercício de manipulação se alimenta um intento de transformar o Pontal numa floresta sem árvores.

A JSD/Faro considera que o Sr. Presidente fala muito e acerta pouco, revelando um grosseiro desconhecimento do concelho de Faro, algo que os Farenses já se aperceberam, ao afirmar que entre a linha de mar (término da Ria Formosa) e o Campus de Gambelas há uma distância de cerca de 500 metros, quando na realidade são praticamente 3 Km a distância que separa estes dois pontos. Por outro lado, o autarca refere que a área dos 350 hectares da petição da JSD, chegam à linha de caminho de ferro, quando na realidade esta mesma área pouco ultrapassa o limite do pólo universitário de Gambelas. Ainda sobre esta matéria cumpre referir que o Sr. Presidente da Câmara parece não saber fazer a distinção de um Parque Natural (como o da Ria Formosa) de um Parque Ambiental, que permite a existência de circuitos desportivos e de interpretação e de educação ambiental, bem como de diversos equipamentos de recreio e lazer, permitindo que o cidadão possa usufruir deste espaço com comodidade e segurança, respeitando contudo o património natural.

A JSD/Faro informa o Sr. Presidente da Câmara que nunca defendeufundamentalismos” e relembra o Dr. Apolinário que pretende a criação de um Parque Ambiental no Pontal, uma vez que Faro tem um dos mais baixos índices de espaços verdes do país e da União Europeia, que se cifra em cerca de 1 m2 por habitante, não existindo na cidade um parque de recreio e lazer que proporcione ao cidadão um apropriado bem-estar ambiental, físico e psicológico. Por estes motivos, o Pontal é considerado pelos farenses como o Grande Pulmão Verde de Faro.

Por outro lado, o Pontal possui um enorme potencial turístico que se impõe aproveitar, não através do betão e da construção de urbanizações, que o ambicionam massificar, corromper a sua fertilidade e depreciar a sua elevada riqueza ambiental e paisagística mas através de um conjunto de iniciativas que visem o turismo de natureza, cultural e ambientalmente responsável, e maximizem a sua utilidade para os farenses sem empenhar a sua vitalidade e sustentabilidade geracional.

Ao rejeitar liminarmente a vontade dos Farenses expressa nesta petição, o Sr. Presidente pretende desbaratar, à revelia das mais elementares regras democráticas, uma das maiores riquezas de Faro que passou incólume ao caos urbanístico que foi deformando a cidade e aniquilando a qualidade de vida das populações.

Resignará, se mantiver a sua fé fundamentalista na força do betão, às conveniências imobiliárias que têm torturado o concelho, mas sobretudo revelará ser um homem curto de vistas e incapaz de sucumbir às pressões de alguns quando o seu dever é assegurar o futuro de todos.

O Presidente da JSD/Faro

Bruno Lage

sexta-feira, novembro 3

APOLINÁRIO ESTÁ CONTRA A PETIÇÃO DA JSD/FARO SOBRE O PONTAL

O Sr. Presidente da Câmara de Faro comunicou ao jornal O Algarve que foi desafiado a assinar a petição da JSD/Faro para a “Criação do Parque Ambiental do Pontal”, mas recusou, considerando-a inclusive de “fundamentalista”.

De acordo com José Apolinário, a ser-se feito um Parque Ambiental, “este poderia ser criado na zona entre a linha do mar e os 500 metros” (onde nada se pode construir) e nunca na área proposta pela JSD.

De acordo com o autarca, “por não ser expressamente proibido construir neste local, há cerca de 5 anos atrás existia um projecto de construção para o Pontal, ao qual já se atribuía o epíteto de Quinta do Lago II”, constituído por moradias de luxo, mas que foi abandonado pelo anterior executivo.

Apolinário, apesar de ter conhecimento que Faro tem um dos mais baixos índices de espaços verdes do país e da União Europeia, (que se cifra em cerca de 1 m2 por habitante) de saber que esta zona é considerada por muitos como o Grande Pulmão Verde de Faro e de ser muito procurada para a prática desportiva e de lazer, por parte de centenas de pessoas, deu a entender que defende a construção, de modo a “permitir o desenvolvimento económico sustentado para o concelho”.

Em primeiro lugar a JSD/Faro nunca convidou, nem desafiou o Sr. Presidente da Câmara a assinar a petição em virtude do próprio abaixo-assinado ser endereçado ao Sr. Presidente da Câmara e não fazer qualquer sentido o Dr. Apolinário assinar uma petição que afinal de contas é para ele.

Por outro lado, a JSD/Faro lamenta que o Sr. Presidente da Câmara apesar de admitir que Faro não tem espaços verdes em número suficiente e não tem um parque digno de recreio e lazer, considere mais relevante e importante para o futuro do concelho, construir um empreendimento composto por moradias de luxo, em detrimento da qualidade ambiental e da qualidade de vida do cidadão farense que ficará assim impedido de usufruir deste importante e belo espaço natural, área “tampão” do Parque Natural da Ria Formosa, onde muitas das espécies que aqui habitam são protegidas pela Convenção de Berna, espaço este que urge preservar e transmitir às gerações futuras.

No entanto, a JSD/Faro, para além de continuar a recolher assinaturas, brevemente vai emitir um comunicado oficial, sobre este assunto.

quinta-feira, novembro 2

Finanças Locais Vs Juntas de Freguesia

Este é um tema extremamente sensível, sendo um método de financiamento das câmaras municipais. Ultimamente tem se falado muito sobre o corte deste fundo. Muito se diz sobre o facto de concelhos mais pequenos financiarem concelhos maiores. Claro que ninguém gosta de ter o seu orçamento reduzido, mas o que é certo o actual sistema autárquico tem de ser reformado. Não se entende porque é que as juntas de freguesia estão convertidas a associações de apoio a idosos. Com muito respeito aos idosos, as juntas de freguesias têm de acabar com este serviço. Já existem associações para este fim. Se não existem então deverão ser criadas.

No caso do concelho de Faro não se compreende porque é que existem a freguesia da Sé , a freguesia de S. Pedro e a freguesia de Montenegro todas elas a distancias inferiores a 3 Km. Isto quer dizer que encontramos 3 juntas de freguesias num espaço de 3 Km. Quanto custa ente tipo de serviço publico?!...Não seria mais eficiente existir um espaço publico de apoio ao idoso?! Mas afinal qual é o papel das juntas de freguesias quando afinal de contas qualquer problema na cidade de Faro é remetido á Câmara Municipal?!..Reparem que por junta de freguesia existe: um presidente, um secretário-geral, um tesoureiro, e 9 elementos da assembleia de freguesia. Vamos agora multiplicar por 3 e temos mais 36 cargos. Vamos agora observar as áreas e serviços:

Junta de Freguesia de Montenegro
Áreas de actuação
Conservação e melhoramento de Escolas, caminho e estradas, parques, jardins, sinalização, higiene
Arranjo do imobiliário urbano da Junta de Freguesia

Eventos

Festival de Rancho que é realizado pela Associação Cultural Amigos do Montenegro que não tem data certa para o acontecimento, é no mês de Junho e o Aniversário da formação do Montenegro a freguesia que foi no dia 20 de Junho.

Junta de Freguesia da Sé
Eventos:
Torneio de basquetebol em comemoração do 25 de Abril,
Festival de Vídeo,
Feira dos Doces,
Semana de Artes do palco,
Colaboração na Feira de Santa Iria,
Natal das Crianças das Escolas do Ensino Básico,
Apresentação de Livro de Autores Algarvios,
Seminários de Saúde e Cultura,
Palestras, etc.
Serviços Prestados:
Serviços administrativos da Freguesia,
Acções de formação no âmbito da saúde,
Pediatria,
Aulas de preparação para o nascimento,
Fisioterapia,
Medicina dentaria,
Aconselhamento nutricional,
Psicologia,
Colaboração com colectividades
Desportivas culturais e recreativas da nossa área de jurisdição.
Possui um espaço público de INTERNET, cujo horário é o normal de expediente.
Junta de Freguesia de São Pedro
Áreas de actuação:

Apoio às populações residentes;
Apoio às actividades Desportivas, Culturais Recreativas e Sociais;
Reparação de caminhos vicinais e outros melhoramentos;
Apoio à Educação;
Actividades de Apoio à terceira Idade.

Eventos:

Organiza a Festa de São Pedro em parceria com a Paróquia de São Pedro no mês de Junho, não tem data certa para o acontecimento, mas coincide sempre no dia 29 de Junho (Dia de São Pedro);
Apoia a festa do Patacão que se realiza no mês de Julho ou Agosto.
Apoia às Festas de verão de Mata Lobos;
Colaboração na Feira de Santa Iria;
Colaboração com Colectividades;
Colaboração nas Comemorações do 25 de Abril;
Organização de Baile de Máscaras na época Carnavalesca;
Natal das crianças da Escola do Ensino Básico;

Como podem observar muito do que está aqui exposto pode e deveria ser gerido por um departamento da câmara municipal. Reparem que o hoje está em causa são cortes de funcionamento, mas existem serviços públicos que podem ser restruturados. Já não faz sentido este modelo. Não quero dizer que é o presidente de câmara que seja o culpado disto mas proponho que se olhe para este caso como uma possível solução. As Juntas de Freguesia custam dinheiro; a sua eficiência não é tão eficaz e é o cidadão que paga todo isto. Não é só em Faro que isto acontece, acontece por tudo o país. É bem provável que o governo queira reformar as juntas, para bem da nação.

quarta-feira, novembro 1

“Acordem Farenses”

O tema de hoje, como não podia deixar de ser, é o acordo entre o governo português e o governo Moçambicano acerca da barragem de Cahora Bassa. Antes de mais nada, vamos conhecer um pouco esta Barragem:“Cahora-Bassa é um distrito da província de Tete, em Moçambique, com sede na vila de Songo. Tem limite, a norte o distrito de Marávia, a oeste com o distrito de Magoé, a sul com o Zimbabwé, a leste com o distrito de Changara e a nordeste com o distrito de Chiuta. De acordo com o Censo de 1997, o distrito tem 57 675 habitantes e uma área de 10 598 km², daqui resultando uma densidade populacional de 5,4 h/km². É neste distrito que se encontra a barragem de Cahora Bassa, no rio Zambeze.

A barragem de Cahora Bassa (Cabora Bassa durante o período colonial português) situa-se no Rio Zambeze, na província de Tete, em Moçambique. O seu lago é o segundo maior de África, com uma extensão máxima de 250 km em comprimento e 38 km de afastamento entre margens, ocupando cerca de 2700 km2 e tendo uma profundidade média de 26 m. O sistema hidroeléctrico esteve esporadicamente ao serviço durante a década de 1980 devido à guerra em Moçambique. É actualmente o grande elemento produtor de electricidade em Moçambique, com capacidade superior a 2.000 megawatts, que abastece Moçambique, África do Sul, Zimbabué e Malawi.”

Texto retirado de: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Iniciada em 1969 e concluída em 1975, a central hidroeléctrica tem um volume de negócios de 174,5 milhões de euros por ano. Ora se o governo português era detentor de 85% da barragem quer dizer que 148,325 milhões de euros por ano eram o volume de negócio. Mas o governo português assim resolveu a questão: perdoou mais de mil milhões de euros da dívida da Hidroeléctrica Cahora Bassa (HCB), cujo total ascende a 1,9 mil milhões de euros.

Como é do conhecimento geral a FRELIMO, durante a denominada "luta de libertação nacional" tudo fez para evitar a construção da Barragem de Cahora-Bassa, a quinta maior do mundo, obra que deveria ser orgulho dos portugueses, não só quanto à sua dimensão, como às circunstâncias que rodearam a sua construção. "Esta maravilhosa obra humana do género humano constitui um verdadeiro hino à inteligência, um promotor do progresso, um orgulho para os empreiteiros, construtores e trabalhadores desta fantástica realização.

Nós já estamos habituados a ouvir a expressão “apertar o cinto” e isto aplica-se a todos os cidadãos. Agora não entendo como é que se perdoa uma divida, quando o tempo é de crise. Não entendo como é que se pode dizer que este acordo é um acordo estratégico. “O primeiro-ministro salvaguardou, porém, que, por razão dos “compromissos com Bruxelas”, como a redução do défice orçamental”, a tomada desta posição. Já todos nós conhecemos o processo de descolonização mas não aprendemos a lição. Volta–se a fazer o mesmo. Mas será que este projecto não é rentável?!

Porque razão o governo também não perdoou a divida com o Farense?!!!!... Hoje temos de pagar um estádio, que mais parece um salão de festas. Para um salão de festas não é necessário que se gaste aproximadamente 500 mil contos anuais em gestão (…Mas gestão do quê?!...). O executivo socialista da Câmara de Faro deveria rapidamente resolver esta questão.Sinceramente não se entende estes processos. Até parece que andam por aí a passar “atestados de burrice” a todos os portugueses!!!!!!