Actualmente vivemos num país democrático. Assim o entendemos como estrutura partidária.
Francamente, um país democrático é aquele onde cada pessoa decide por si sem sofrer influências dos outros. Essas influências acabaram, faz no próximo dia 25 de Abril, 33 anos.
Recentemente, a Coordenadora da Sub-Região de Saúde de Faro, Lurdes Guerreiro, enviou um e-mail a todos os directores dos centros de saúde do Algarve com um texto de apoio à despenalização da interrupção voluntária da gravidez. Enquanto cidadã poderia fazê-lo, mas utilizando o seu e-mail privado e não o de uma instituição pública.
Ao cometer esse acto, a Coordenadora da Sub-Região de Saúde de Faro infringiu a lei, infracção essa já admitida pela Comissão Nacional de Eleições.
Segundo o artigo 45º da Lei Orgânica do Regime do Referendo, os órgãos do Estado «não podem intervir directa ou indirectamente em campanha para o referendo, nem praticar actos que, de algum modo, favoreçam ou prejudiquem uma posição em detrimento ou vantagem de outra ou outras».
Ao fazê-lo a coordenadora para além de infringir a lei, prejudicou a campanha do Não em detrimento do Sim.
Como Juventude Partidária, que não tomou qualquer posição no referendo, condenamos solenemente os actos cometidos pela coordenadora e neste sentido, a JSD/Faro considera que a Sr.ª Coordenadora da Sub-Região de Saúde de Faro não tem condições para continuar a exercer o seu cargo, devendo apresentar imediatamente a sua demissão!
Por um País Democrático!
A Comissão Política da JSD/Faro
O Vice-presidente
Eduardo Almeida
7 comentários:
Esta Senhora para além de andar a prejudicar a vida e a saúde de milhares de algarvios, com as suas políticas de encerramento de SAPs, ainda tem tempo para andar a promover a morte por e.mails do Estado.
Esta senhora deveria era ser a Coordenadora dos Coveiros de Portugal, e não a Coordenadora da Sub-Região de Saúde de Faro.
agora entende-se porque motivo a Saúde anda tão "doente"
Mas o que é que essa mulher ainda faz em funções?
Se tivesse alguma vergonha na cara demitia-se imediatamente!!!
Depois da borrada, ainda tem o descaramento de dizer publicamente que também enviava, via e.mail, documentos a defender o "Não". Quando têm a obrigação de saber que não pode fazer nem uma coisa nem outra!!!
E os senhores sabem que se a subccordenadora de saúde errou a pessoa que "roubou" o email e tirou cópias, divulgando-as ao exterior também cometeu um acto ilícito? Se um superior cometeu um acta que ela pensava ser ilicito deveri ter participado a ocorrência aos superiores p/ averiguação. Ao divulgar um documento interno que não lhe era dirigido, ainda por cima, seja que tipo de documento seja, enquanto funcionário(a)público(a), está obrigado ao dever a confidencialidade, pelo que o acto que cometeu é passível de processo disciplinar. Para além que se o email fosse do não estavam a dar os parabéns à sub-coordenadora de saúde de faro. Então sejam coerentes e partir do momento que o Bispo, a maior autoridade da igreja determina que a igreja não se vai envolver na campamha, exijam também a demissão de todos os padres que usam as missas para fazer campanha pelo não, e que se dão ao luxo de dizer que os católicos que votarem sim serão excomungados e não terão funeral católigo. Só me interrogo qual o processo pidesco que irão usar para sabel onde votaram os católicos, já que o voto é secreto
Sejam coerentes
Se fosse pelo Não a nossa posição seria idêntica.
Aliás, o sr. ou sr.(a) não conhece a nossa posição para estar a levantar essas insinuações do "se fosse pelo não.."
Um grupo de cerca de seis dezenas de médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde algarvios apela, esta segunda-feira, em comunicado, ao voto pelo sim no referendo sobre a interrupção voluntária da gravidez, que terá lugar a 11 de Fevereiro.
O grupo de profissionais inclui médicos ligados às especialidades de pediatria, ginecologia e obstetrícia, como Beatriz Cabrita (directora de serviço Ginecologia Obstetrícia do Hospital de Faro), Olga Viseu (ex-directora do mesmo serviço), Leal Paiva (ex-director do mesmo serviço), Horácio Paulino (director de serviço Pediatria do Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio), José Maio (director de serviço Pediatria do Hospital de Faro), Virgílio Nereu (ex-director do mesmo serviço) e Luís Batalau (ex-director de serviço Pediatria do Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio).
A destacar também a subscrição de José Ponte, director do curso de Medicina que a Universidade do Algarve prepara, assim como de Conceição Abreu, uma das docentes da academia algarvia que esteve, desde sempre, ligada ao desenvolvimento das Ciências da Saúde.
Os signatários do comunicado, que se apresentam como «cidadãos e profissionais de saúde de várias áreas, empenhados na promoção dos direitos sexuais e reprodutivos», lembram que, passados 9 anos sobre o anterior referendo, mantém-se a prática de aborto clandestino no país.
«De acordo com um estudo recente, entre 346 e 363 mil mulheres já fizeram um aborto, 20 em cada 100 das mulheres que engravidaram já abortaram realizando-se anualmente cerca de 17 a 18 mil abortos clandestinos, estando na origem de inúmeros casos de complicações e de morte», fazem notar.
Daí que «defender a despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez nas primeiras 10 semanas é para nós, procurar criar as condições de possibilidade para que o número de abortos no país diminua e para que deixem de estar em causa a saúde e a vida das mulheres», referem.
Barlavento.
Cresçam moços!!!
Discutam o que há para discutir de uma forma séria e com argumentos!!!
Será que em todos estes profissionais não há ninguém do vosso partido!!!
ó animal... mas aqui não se discute a falta ou não de argumentos, o que aqui se discute é o abuso de um cargo público e dos seus meios para publicitar uma tomada de posição sobre o referendo! Eu já sou contra, que neste blog alguns membros usem do seu livre arbitrio para criarem posts onde dão a sua opinião, não tenho nada contra os "comentários"!
Em primeiro lugar quero agradecer pelos vários comentários que aqui vão deixando. Só lamento que as pessoas não se identifiquem. Mas também não é por ai. Só queria salientar que este pedido de demissão que a JSD efectuou veio em conformidade com uma queixa que a Comissão Nacional de Eleições efectuou ao ministério público por essa Srª ter abusado do seu poder. Não se trata de mais nada. Portanto quando um dos anónimos diz para nós crescermos eu peço-lhe que antes de escrever seja o que for informe-se do que se realmente se passa. Aqui não estamos nem a favor nem contra a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, estamos sim a pedir que a justiça seja cumprida. E para quem não sabe o funcionário público que viole o artigo 45º da Lei Orgânica do Regime do Referendo incorre numa pena de prisão até dois anos ou pena de multa até 240 dias.
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