quinta-feira, junho 4

Macário Correia e o debate da ACRAL

O cabeça-de-lista da Candidatura “Refazer de Faro uma Capital”, Macário Correia, explicou esta segunda-feira porque considera “aventureira” a ideia da criação de mais uma grande superfície comercial no Concelho que, ao que se sabe, nascerá no Vale da Amoreira. Falando no auditório da Escola de Hotelaria e Turismo do Algarve, durante o debate organizado pela ACRAL sobre Políticas de Urbanismo Comercial, Macário Correia afirmou que “os centros comerciais não são, em si, uma coisa boa nem uma coisa má”. Contudo, defendeu que, “para a Câmara lançar as bases de mais este empreendimento, é urgente ver resolvidas três questões”.

A saber:
"- Baixa de Faro e Centro Histórico – zonas nobres por excelência e tradicionais centros de comércio da cidade, são hoje “áreas deprimidas”. Património envelhecido e desaproveitado, carência de espaços verdes, caos urbanístico e escassez de estacionamentos, são algumas das razões que fazem o cartão de visitas da cidade fraquejar na concorrência que é movida pelo Forum Algarve. Urge pois, “olhar para a Baixa e Centro Histórico com especial atenção” antes de fazer estas zonas encarar, indefesas, mais um colossal empreendimento comercial;

- Sporting Clube Farense – Independentemente da adequação da solução encontrada para salvar este referencial do panorama desportivo e social algarvio, importa pensar em articular o investimento em comércio que se vai fazer. Reflectir nas consequências de mais uma centralidade comercial e tratar já de promover uma ligação harmoniosa com as zonas envolventes - Penha e Largo do Mercado. Em resumo, trata-se de “ver a floresta e não a árvore”.

- Visão de conjunto a Norte de Faro – Esta zona da cidade deve ser projectada em função de se tratar da mais clara área de expansão da cidade. E “gerir Faro é fazer todo o trabalho de casa antes de se aprovarem empreendimentos comerciais faraónicos”: é tratar de ter uma ferramenta global de urbanismo para toda a cidade e não aprovar, “casuisticamente e por conveniência de alguns”, alterações do PDM e Planos de Pormenor. Numa palavra, se o centro comercial do “Vale da Amoreira pode esperar, Faro não”!

in Algarve Press

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