terça-feira, agosto 4

Eu não comprava, e tu?

Administração do Atrium Faro fecha portas e põe lojistas na rua

A administração do centro comercial Atrium, em Faro, encerrou hoje as portas, impedindo os acessos aos lojistas que dizem não ter sido avisados e estão impedidos de aceder aos seus estabelecimentos. A funcionar há dezenas de anos no centro de Faro e remodelado há pouco mais de dois, o Atrium tinha apenas três lojas abertas no seu interior - uma joalharia, um quiosque e um café - cujos donos foram agora impedidos de aceder pelo segurança.


Para a advogada Ana Pedro, que tem acompanhado o caso, o objectivo da administração é forçar "algum tipo de negócio" antes da penhora para ainda "reaver algum dinheiro". Contactado pela Agência Lusa, Élio Bolas, administrador do centro comercial, limitou-se a dizer que "quando se acaba o dinheiro a uma empresa ela tem que fechar".

Com o objectivo de salvar o projecto comercial, a Câmara de Faro anunciou que pretende adquirir o "Atrium Faro" através de uma parceria público-privada e adaptar o espaço com uma área cultural e outra comercial. Após a reunião, o presidente da Câmara de Faro, José Apolinário, explicou à Lusa que a operação envolve verbas na ordem dos sete milhões de euros, que incluem a aquisição do edifício e algumas obras de adaptação "às novas funcionalidades".


A meu ver é grave e possivelmente ilegal a Administração do Atrium Faro encerrar as portas sem um aviso prévio aos três empresários que ainda laboram neste nesta superfície. Os lojistas apesar de ao que parece não terem culpa pela situação que se gerou e agravou, vêm-se agora impedidos de laborar e os seus stocks de material fechados. Como é que vão alimentar as suas famílias? Pagar as suas contas?

Como é que segundo a advogada se força algum tipo de negócio se as portas estão fechadas ao público, negócio com quem? Assim é que os lojistas não fazem negócio com clientes! O pouco negócio que havia, não há mais (a porta está fechada)!

Acho muito bem que a Câmara Municipal de Faro tente arranjar uma solução para este problema, esta deveria ser a sua principal função, trabalhar para melhorar o concelho de Faro, ajudando os Farenses. Mas se esta situação já se tem vindo a deteriorar à tanto tempo, porquê apenas agora? Podia-se nunca ter chegado a este ponto, se tivessem surgido soluções úteis antecipadas. Parece que o que se diz por aí é bem verdade, foi necessário o Eng.º Macário Correia candidatar-se à Câmara de Faro para pôr a equipa que actualmente completa a Câmara, a trabalhar. Como a JSD de Faro costuma dizer, “Mais um Mandato passado e Faro continua parado!” Mas neste caso como em muitos noutros não só parado como a afundar-se. Semanalmente assistimos a negócios com dezenas de anos, a fechar. Visitarmos um estabelecimento (comércio local) como clientes em que outrora fomos tantas vezes e agora já não lá está, é triste… mas é verdade, é pena… mas é a realidade.

Como é que a Câmara agora no final de um mandato vem dizer “que pretende adquirir o Atrium Faro” se está ainda mais endividada que o próprio Atrium? Parece que vai ser mais uma factura para quem quer que venha no próximo mandato a ter de pagar.

A Câmara não paga o que deve aos comerciantes, aos fornecedores, às Juntas de Freguesia, aos Clubes, às Associações, entre outros do concelho de Faro, e agora até já compra Shoppings?! Mas como será com dinheiro que deveria ir para quem de direito, ou seja para os Farenses, então são os Farenses que vão comprar esta superfície comercial falida com o nosso dinheiro. Concerteza existem outras soluções menos dispendiosas.

Eu não comprava, e tu?

Notícia retirada do Região Sul e comentada por Pedro Abrantes

Imagens:
http://www.correiodamanha.pt/imgs/ca967162-b341-4feb-88dd-fecb0766bf67_738D42D9-134C-4FBE-A85A-DA00E83FDC20_B76F9C65-94AF-487F-A72D-6408E2755F6C_img_detalhe_noticia_pt_1.jpg - Fotografia das lojas fechadas do Atrium em Faro

http://www.flickr.com/photos/ana_omelete/384887155/ - Fotografia de Ana Omelete a uma das entradas do Atrium Faro

1 comentário:

Anónimo disse...

Eu também não comprava.