quarta-feira, setembro 20

Algarve versus Medicina

Caros Amigos, Companheiros e Simpatizantes

Não consigo entender qual relutância da ANEM em relação á criação do curso de medicina aqui no Algarve. Não sou de cá mas por cá fiquei...O Algarve ao contrário do que se diz por aí, ainda é Portugal. Pode não ser uma região com grande desenvolvimento industrial, mas se esta região fosse devidamente reestruturada, ficaria um sítio por excelência. Apesar de ser uma região puramente turística, existe aqui gentes que trabalham e moram por cá. Gentes estas que têm carência em estruturas sociais, estruturas rodoviárias, estruturas desportivas, estruturas hospitalares, estruturas escolares, estruturas industriais e por aí fora. Estruturas este que também podiam ser partilhadas por quem cá passa. É por todos nós sabido que temos tendência a sedentarizar no sitio onde nós estudamos. Voltando á questão da medicina, certamente quem aqui estudar por cá irá ficar. Certeza não tenho mas a probabilidade é grande. Por cá também se formam Engenheiros, professores e outros quadros qualificados. Porque Não Médicos ?. Estes quadros qualificados em muito têm contribuído para o desenvolvimento da região. As lacunas a nível de saúde é muito grande, Faltam médicos. A JSD/Algarve ao contrário do que se pensa, não tem interesse propriamente politico nesta questão. O Interesse é para todo o Algarve e não interesse de alguns. O Sucesso da nossa petição só reforça o apoio da população. Nós alem de sermos políticos também somos cidadãos como os outros e sentimos na pele essa carência. Aconselho a todos "dar uma vista de olhos" na proposta apresentada pela UALG, que não é nada mais do que aproveitar alunos de áreas de Química e Biologia, que podem ingressar neste curso. A nível de estruturas não será necessário construir uma faculdade de raiz, com salas e mais laboratórios. Isso já nós estamos muito bem servidos, não digo que de futuro não se possa ir mais além. Só falta mesmo os alunos. Supondo que começaria hoje o curso, só daqui a 7 anos é que teríamos resultados propriamente. Com a taxa de turismo a crescer imaginem como será o Algarve nessa altura, em termos de serviços de saúde. Claro que será ainda maior.

Director do Departamento de Imagem e Comunicação

Nuno Antunes

1 comentário:

Bruno Lage disse...

Caros amigos,

Ao fim de uns quantos meses recomeçamos a discussão do curso de medicina na Universidade do Algarve, em virtude das declarações proferidas por parte da ANEM junto dos órgãos de comunicação social.

Como é sabido, a JSD/Algarve apenas apresentou à Assembleia da República uma petição que recolheu 9627 assinaturas por todo o Algarve, onde se expressava a importância da criação de um Curso de Medicina na Universidade do Algarve, uma vez que esta região tem um dos maiores deficits destes profissionais ao nível da União Europeia.

É portanto um movimento suprapartidário, que envolveu sobretudo uma região, tendo-se obtido um grande número de assinaturas, como até foi referido pelos vários grupos parlamentares na AR! Neste movimento de apoio há Médicos, alguns deles dirigentes de sindicatos e de outras associações ligadas ao sector da saúde. Também me apercebi nos últimos dias que a opinião pública no geral (a nível nacional) concorda com a criação do curso de medicina na UAlg. Então pelos vistos, segundo a ANEM, andamos todos errados, somos todos ignorantes e também não conhecemos a realidade do País.

Por outro lado está provado, que mais de 70% dos estudantes deslocados que vão estudar para uma determinada cidade ficam lá (ou na região) a exercer a sua profissão. O mesmo se sucede com Medicina! Vejam os números e reparem onde há mais médicos a nível nacional. Não coincide onde há as respectivas faculdades? Foi este um dos propósitos da criação da Universidade do Algarve (na altura tb havia imensa gente contra...) e em poucos anos deu frutos aumentando a classe de "Dr.s" e "Eng.s" nesta região, contribuindo esta massa crítica para o progresso e desenvolvimento económico e social do Algarve nos últimos anos.

Neste sentido, parece lógico que o mesmo se suceda com o curso de Medicina. Tanto mais que dentro de poucos anos teremos o Hospital Central.

Vamos analisar uma coisa...Será que 25 médicos farão uma "mossa" tão grande nas saídas profissionais dos futuros médicos? Não se vê a Ordem dos Engenheiros, a Ordem dos Advogados, dos Biólogos e dos Arquitectos a impedirem de forma tão dramática e directa a abertura de novos cursos. Nem se vê as associações de estudantes destes cursos a serem tão "extremistas" na abertura de novas licenciaturas. Porquê essa postura por parte da ANEM? É por ser no Algarve? É por acharem 25 vagas muito? Então vamos propor uma coisa!!! Pega-se no curso de Medicina em Braga e transfere-se para o Algarve, assim já não há tantos profissionais a sair anualmente. Ou então fragmenta-se em dois um dos cursos de Lisboa e metade vem para o Algarve, ou então um terço!