1. A JSD/Algarve, em circunstância alguma, considerou que o país padecia de escassez de médicos. Considerou, isso sim, que os médicos, tal como reconhece a ANEM, se encontram desarmoniosamente distribuídos, o que prejudica gravemente a qualidade dos cuidados de saúde que são prestados ás populações.
2. A JSD/Algarve entende que o único instrumento que contraria a carência de médicos no Algarve consiste na criação do curso de medicina. Nesse sentido, a Universidade do Algarve apresentou uma proposta, que se encontra presentemente em fase de reformulação a pedido da Comissão Internacional de Avaliação, que concebe um modelo inovador, vocacionado para a formação de médicos de família, com cerca de 30 vagas anuais e que oferece aos estudantes, mediante a contratualização com a Universidade, uma isenção/redução de propinas caso se comprometam a exercer, durante um prazo mínimo de 6 anos, a sua função na região, o que abrandará o défice de médicos que o Algarve sofre. Atente-se que o modelo inovador configura uma maior ênfase no desenvolvimento de aptidões sócio-pessoais de molde a reforçar a relação de confiança e solidariedade entre paciente e médico.
4. O Algarve por se tratar de uma região eminentemente turística, credora de estruturas de qualidade que lhe assegurem sustentabilidade num panorama de ávida competição internacional, carece de médicos, para além dos cuidados de saúde prestados aos residentes, para tratar da população oscilante (turistas) que não se encontra reflectida nas estatísticas oficiais. Se aí estivesse incluída, poderíamos com caução afirmar que num dos indicadores de referência para apreciar da qualidade de vida das populações, o Algarve, no contexto da União Europeia, ocuparia a cauda da tabela, com inegáveis repercussões na vida de todos os algarvios.
5. A JSD/Algarve entende que a posição da ANEM, por manifesta falta de fundamentação, é reveladora de traços de corporativismo, na medida em que para proteger as regalias e o estatuto de determina camada se descura o benefício público e se desamparam as regiões mais periféricas de Portugal. A orientação da ANEM é arrogante, egocêntrica e um funesto contributo para que Portugal, no seu quadro de contrariedades, se liberte das forças que tolhem os ímpetos reformistas de quem vislumbra um país mais próspero e equilibrado.
6. A JSD/Algarve reitera o seu compromisso, na qualidade de estruturaimpulsionadora da plataforma cívica, social e política que reverteu na recolha de 9500 subscritores para a petição “Curso de Medicina já”, depromover, a exemplo do percurso que tem trilhado, um conjunto de iniciativastendentes a sensibilizar o governo para, no decurso da legislatura, criar ocurso de medicina na Universidade do Algarve.
Cristóvão Norte -Presidente da JSD/Algarve
1º subscritor da Petição”Curso de Medicina já”
1 comentário:
Atenção: Para o bem da JSD/Algarve o Bruno Lage deve ser o próximo presidente da Distrital.
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