A ameaça surge num contexto de suspeita de que a ETA tenha uma base logística no Sul de Portugal. A descoberta de um carro de matrícula portuguesa com 130 quilos de explosivos em Ayamonte (21 de Junho) e o atentado em Durango com a fuga de etarras num carro português (24 de Agosto) adensaram essa suspeita.
De acordo com noticia avançada no jornal Correio da Manhã, a funcionária que recebeu o telefonema com a ameaça de bomba foi questionada ainda ontem de manhã nas instalações do Jornal do Algarve por agentes da PSP, por inspectores da PJ e por elementos do SIS.
A Directoria de Faro da PJ relatou, de acordo com a mesma fonte, a ocorrência à Direcção Central de Combate ao Banditismo, em Lisboa, a quem compete lidar com este tipo de ameaça e que pode mesmo já ter enviado inspectores para o Algarve. Os comandos da GNR em Faro e Portimão alertaram as patrulhas para estarem atentas a movimentações suspeitas e fizeram despistagem de potenciais alvos. Houve duas operações Stop na fronteira do Guadiana, uma de manhã e outra à tarde, mas já estavam programadas. A PSP admitiu reforço de controlo e vigilância mas não forneceu pormenores.
“O homem falava com voz serena, com a convicção de alguém que quer transmitir uma mensagem. Mas havia muito ruído de fundo e a funcionária não percebeu o local exacto, o dia e a hora”, disse ao CM Fernando Reis, director do Jornal do Algarve.
“Este telefonema não merece grande credibilidade, mas não podemos descurar. As forças de segurança colocaram no terreno os meios necessários e fizeram as diligências adequadas à situação”, disse ao CM a Governadora Civil. Isilda Gomes esclareceu que a reunião do Gabinete Coordenador de Segurança Distrital foi decidida após contacto telefónico com o ministro da Administração Interna e admitiu que “houve um aumento da vigilância”.
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