Na véspera do arranque para a 30ª prova do Dakar, a organização (A.S.O) decidiu de acordo com um comunicado, cancelá-la, afirmando que “após inúmeros contactos com o governo francês – em particular o Ministério dos Negócios Estrangeiros – e tendo em conta as suas fortes recomendações, os organizadores do Dakar tomaram a decisão de anular a edição 2008 da prova, que deveria decorrer entre 5 e 20 do corrente mês, ligando Lisboa à capital do Senegal”.
O mesmo comunicado refere que “tendo em conta as actuais situações de tensão política, a nível internacional, o assassinato de quatro turistas franceses, no passado dia 24 de Dezembro, atribuído a um ramo do Al-Qaida, no Magreb islâmico, e acima de tudo as ameaças, directas, lançadas contra a prova, por movimentos terroristas, a A.S.O. não pode tomar outra decisão que não seja a anulação da prova”.
Esta decisão é um rude golpe na promoção turística de Portugal e da região do Algarve, sendo avultadas as somas investidas para que esta edição conseguisse superar as expectativas que as duas últimas edições habituaram os espectadores e os amantes do todo-o-terreno, o que se traduz agora num forte prejuízo.
Lamenta-se que os pilotos, equipas e patrocinadores (que investiram meses de trabalho a que se alia um esforço financeiro enorme) não tenham sido auscultados na tomada desta polémica decisão, não se compreendendo porque motivo o Dakar não se realiza até ao final das suas etapas em Marrocos, guardando para aí a decisão final de cancelar ou não a edição 2008.
Recorda-se que a instabilidade política no Norte de África foi sempre uma constante existindo sempre algumas ameaças ao longo destes anos de Dakar, e do ponto de vista da JSD/Faro é inaceitável ceder à chantagem e às ameaças de um grupo terrorista, dando assim a este suposto braço da Al-Qaida uma vitória, pois através das suas hipotéticas ameaças terroristas conseguiram cancelar a maior prova de todo-o-terreno do mundo.
1 comentário:
Os grandes homens são cada vez mais escassos. Os ratos estão no topo das hierarquias e, cada vez mais, vamos ser confrontados com decisões deste tipo. FRACOS!!!
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