terça-feira, fevereiro 17

O Nosso Endividamento

Há uma questão essencial que preocupa ou, pelo menos, deveria preocupar os jovens de hoje.

Tem o nome de Endividamento.

E endividamento decorrente de investimentos públicos megalómanos de governos acéfalos.

É pura e simplesmente inadmissível que, face aos insustentáveis níveis de endividamento do país (Estado e famílias), com enormes défices (orçamental e da balança de pagamentos do país), o Governo assuma compromissos que implicam um acréscimo substancial da dívida, pública e privada.

E não é preciso ser nenhum génio para descodificar que tipo de investimentos públicos estamos a falar. Não, não é de infra-estruturas básicas, águas e saneamento que, pelos vistos, estão na ordem do dia para os lados do Terreiro do Paço.
São obras de custos avultadíssimos e de escassa rendibilidade, conforme estudos técnicos comprovados.

A questão que se coloca é somente esta: Quem é que vai financiar e suportar este endividamento desmesurado?

O financiamento será, naturalmente, obtido, por meio de recurso a empréstimos que terão que ser pagos pelas gerações futuras, ou seja, nós, através de um maior endividamento externo.

Não obstante a gravidade da situação, é não menos desolador saber que a natalidade está a decrescer e que a esperança de vida está a aumentar, o que consustancia um decréscimo de jovens por oposição a um acréscimo de idosos, levando a que a população activa de amanhã, ou seja, nós, seja aquela que irá ficar com o seu futuro totalmente hipotecado, mercê do autismo de governantes com a mania das grandezas e sem resquícios de sensibilidade política macroeconómica.

A questão justifica-se, essencialmente, por esta razão.

A oportunidade destes projectos de hoje tem que ser avaliada nas condições de “hoje”, isto é, tendo em conta os benefícios e os custos aportados às gerações que partilham os seus custos (incluindo os de oportunidade).
E se o juízo poderá ser fácil no que se refere à “geração contemporânea” da decisão, já é mais difícil no que se refere a Nós, geração futura “por conta de quem” se pretende justificar a obra.

É que, enquanto a primeira tem a oportunidade de ser parte da escolha (pelo menos em regime democrático), legitimando as consequências que tenha que suportar, a segunda será confrontada com as consequências – favoráveis e desfavoráveis – da escolha feita pela geração anterior, ainda que invocando o seu interesse.

Perguntar-me-ão: Qual é então a solução para a questão do endividamento?

Ora, para além da reavaliação de infra-estruturas prioritárias e reescalonamento das dívidas, deveria apostar-se na promoção da poupança nacional, por forma a canalizá-la tanto para o investimento produtivo, como para o pagamento das dívidas.

Neste sentido, o Estado, em vez de pensar em gastar mais, deveria dar o exemplo, ao conceder benefícios fiscais à poupança e ao investimento.

Em vez de investir em projectos megalómanos, deveria concentrar-se em ajudar as famílias em dificuldades, bem como em auxiliar a competitividade fiscal das empresas.

Acima de tudo, o Estado devia compreender que continuar a apostar numa política de betão sem sentido é não só contraproducente, como também agravará ainda mais o grave problema do endividamento nacional, em claro prejuízo para nós, enquanto geração futura.

Impõem-se a questão: Alguém nos perguntou alguma coisa?

3 comentários:

Anónimo disse...

É engraçado que nos Post`s com qualidade já ninguém faz comentários, o que se torna no mínimo interessante. Possivelmente deve-se ao facto de alguns anónimos que aqui passam não têm capacidade nem conhecimentos para argumentar as suas opiniões, que se revelam muitas vezes insultuosas e por isso inválidas. É caso para dizer começou a campanha suja e "politiquice" barata de alguma oposição.
Como dizia o Octávio Machado “-Vocês sabem do que estou a falar…”

Anónimo disse...

• Grandes Superfícies
• Hipermercados podem vir a abrir 24H por dia (TVNet)
• A medida parte da Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição. A discussão sobre a abertura das grandes superficies aos Domingos à tarde e feriados vai voltar a ser analisada pla Assembleia da Republica


• COMO É NOS PAÍSES CIVILIZADOS?
ENTÃO E AS PROSTITUTAS E OS PROSTITUTOS(GAYS ORGULHOSOS À MODERNA) TAMBÉM NÃO TÊM OS SEUS POSTOS DE TRABALHO ABERTOS 24 HORAS POR DIA?
QUE MENTECAPTOS - QUE ALIENADOS PELO CONSUMISMO (MESMO QUANDO SE FALA EM ENDIVIDAMENTOS ESCANDALOSOS NO CRÉDITO AO CONSUMO OU ENTÃO É TUDO MENTIRA - HIPOCRICIA ).PARA OS BARÕES DOS NEGÓCIOS DO ENCHER A MULA É UMA SITUAÇÃO BOA.POR ISSO ESTES HOMENS SEM SONO E DEDICADOS PATRIOTAS PORQUE DÃO COMO ESMOLA MÍSEROS TOSTÕES A QUEM LHES ENCHEM AS ALGIBEIRAS.SÃO ESTAS REDES DE INTERMEDIÁRIOS QUE AGRAVAM OS PREÇOS AO CONSUMIDOR (MESMO COM PROMOÇÔES DE ENCHER O OLHO E MUITAS VEZES NÃO CONTABILIZADAS NAS CAIXAS)COM MARGENS DE LUCROS ESCANDALOSAS QUE TÊM A TÍTULO DOS PREÇOS SEREM LIVRES.OS HOMENS DE NEGÓCIOS MAIS RICOS DE PORTUGAL SÃO ESTES DETENTORES INTERMEDIÁRIOS(OS PRODUTORES APANHAM AS MIGALHAS)
ERA GIRO VER OS CONSUMISTAS LEVANTAREM-SE DA CAMA ÀS 4 DA MADRUGADA E IREM PARA OS HIPER - E ÀS 9 HORAS CAMINHAREM PARA O SEU POSTO DE TRABALHO.

POR ESTAS E POR OUTRAS É QUE ESTA SOCIEDADE DE CONSUMO ESTÁ CADA VEZ MAIS INTOLERANTE E CRIMINOSA.
JÁ CHEGA O CONSUMISMO DE BEBIDAS E DROGAS NAS DISCOTECAS E BARES (MUITOS DESTES HIPER TÊM HORÁRIOS ILIMITADOS) ATÉ CAIR PARA O LADO - PARA O HOSPITAL OU PARA O CEMITÉRIO DE MUITAS PESSOAS SEM TINO - INCONTROLÁVEIS E ACICATADAS POR "EMPRESÁRIOS DA NOITE" QUE SÓ PENSAM NOS LUCROS.O CONSUMISMO ALIENANTE(SIM PORQUE O CONSUMO DE BENS ESSENCIAS SEMPRE SE FEZ COM HORÁRIOS LIMITADOS - COMO NO COMÉRCIO TRADICIONAL E NUNCA DAÍ VEIO MAL AO MUNDO - NEM ÀS CHORUDAS CONTAS BANCÁRIAS DOS SEUS "EMPREENDEDORES".)ARRASTA SEMPRE COMPORTAMENTOS INTOLERANTES E VIOLENTOS - O DINHEIRO É QUE CONTA PORQUE SÓ O DINHEIRO É QUE COMPRA.

Anónimo disse...

E que tal o PSD apresentar uma proposta séria para despedir 200 mil funcionários públicos? Só na região de lisboa existem 300 mil. A câmara de lisboa tem 10 mil funcionários. Há aqui muito corte a fazer...