Conforme Maria de Belém Roseira, as desigualdades existem desde muito cedo, não deixando esta de ser uma problemática urgente. No mundo contemporâneo, constatam-se várias causas para a existência de desigualdades, entre as quais as diferenças de rendimentos, património, acesso à educação e à cultura, o desrespeito pelo próximo como as discriminações raciais, a xenofobia, entre outras. Na minha opinião, as desigualdades, são mais graves do que nós julgámos, na medida em que muitas vezes significa passar fome, passar frio, doença, precariedade, pobreza e miséria, pois apesar da União Europeia ser bastante rica, possui grandes diferenças em termos de rendimentos e de oportunidades.
Perante uma sociedade que se diz democrática, mas que padece fortemente de injustiças sociais, torna-se importante procurar o verdadeiro sentido de democracia e apelar à igualdade. Efectivamente, há que por em prática o que apenas está escrito no papel, conforme o actual artigo 12º do Tratado CE, a igualdade de oportunidades concede aspectos verdadeiramente importantes para uma sociedade mais justa, sendo estes, a proibição de qualquer discriminação por razão da nacionalidade, e a igualdade de remuneração entre homens e mulheres (actual artigo 141º), abrangendo estes outros domínios também muito importantes como a vida económica, cultural, social e familiar.
Efectivamente, todos devem ser tratados da mesma forma, pois todos merecem respeito e dignidade, sendo urgente banir qualquer tipo de desigualdade social. Evidentemente que não é tudo tão fácil quanto isto, mas esta mudança pode começar em cada um de nós, sendo crucial “abrirmos as mentes”, aceitarmos o outro, independentemente da sua origem, cultura, religião, etnia, etc.
No entanto, ainda temos um longo caminho a percorrer, pois dando um exemplo, todos os dias ligamos as nossas televisões e assistimos a guerras, onde os direitos humanos são completamente exterminados.
Assim sendo, para a eliminação das desigualdades sociais é necessário saber reconhece-las e que estas sejam consideradas como uma grande injustiça, devendo haver uma maior sensibilização para a Igualdade de Oportunidades, pois toda a sociedade deve estar consciencializada dos seus direitos, necessidades e potencialidades, sendo assim fulcral uma sensibilização para a solidariedade e cooperação entre os cidadãos. Todo o ser humano deve ser tratado de igual forma, havendo respeito pela sua origem, cultura, etc, até porque podemos aprender muito com o contacto com pessoas de origens diferentes, que ao fim e ao cabo, não são mais nem menos importantes que nós, sendo bastante importante a promoção do Debate Colectivo. Tal como se costuma dizer “Todos diferentes, todos iguais”, na medida em que, cada pessoa é única e deve ser tratada como tal, pois cada um com as suas características especificas e a sua História de Vida, mas que afinal de contas tem o mesmo direito e a mesma oportunidade de ser feliz.
Apesar dos governos também terem um plano político no que diz respeito à Igualdade de Oportunidades, ainda há muito a fazer no que diz respeito à promoção da igualdade de oportunidades, sendo fulcral este dar a conhecer melhor à população os seus programas para esta temática. No que se refere à Educação considero essencial haver uma abordagem sobre os princípios da igualdade, havendo assim possíveis mudanças no futuro.
Desta forma, verifica-se que, para além de cada um de nós poder contribuir para a mudança e transformação social, é importante que as organizações internacionais, universais, regionais, governamentais e não governamentais, prestem a sua cooperação e ajuda dentro dos limites de suas respectivas competências e meios, garantindo assim a aplicação plena e completa dos princípios da igualdade, contribuindo assim na luta legítima de todos os seres humanos, nascidos iguais em dignidade e em direitos, por uma maior justiça social.
Daniela Luz
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