O líder do PSD convocou eleições directas para 24 de Maio e prometeu que "não está na corrida".
Num repto a quem o tem criticado, Luís Filipe Menezes, acrescentou que "é chegada a hora de ver os críticos nesta batalha. Não há nenhum motivo para desculpas. Todos os que estes meses indiciaram que podiam ser bons líderes têm agora uma oportunidade para mostrarem que são líderes carismáticos."
O líder do PSD fez esta declaração na sede do partido, em Lisboa, após uma reunião da Comissão Política Nacional.
Menezes está na liderança do PSD há cerca de meio ano, tomou posse a 28 de Setembro depois de vencer as eleições directas contra Marques Mendes, e reconheceu que não conseguiu "calar o clima permanente de conspiração interna. Uma liderança tem de se afirmar, seis meses depois reconheço que não consegui vencer estas contrariedades internas, para mim chega. A minha honra e dignidade não me permitem mais cedências".
Menezes adiantou que regressa à presidência da Câmara Municipal de Gaia.
Ângelo Correia, presidente da Mesa do Congresso, já comentou a demissão, afirmando que Luís Filipe Menezes "fez uma coisa séria", "foi de facto uma vítima com toda a razão. Vítima, em grande parte, do seu partido."
Apesar de Menezes ter afirmado que não se recandidata, Ângelo Correia acredita que o actual líder pode reponderar. Nos próximos dias "vai haver manifestações dentro do partido a pedir para que Menezes se recandidate".
Caso se confirme esta expectativa, o presidente da Mesa do Congresso adiantou que, "em principio", apoiará Menezes - "Eu tenho um princípio. Mesmo insatisfeito, eu não sou desleal. Eu quero ser leal até ao fim".
Santana Lopes não quis comentar, quando abandonou a sede do PSD. Esta tarde, após uma reunião do Grupo Parlamentar, Santana Lopes tinha dito que a direcção de Luís Filipe Menezes "resulta da vontade dos militantes livremente expressa no tempo devido" e defendeu que essa é a alternativa de Governo a construir.
A demissão do líder do PSD teve lugar no mesmo dia em que o deputado Aguiar Branco declarou que pretendia desafiar Luís Filipe Menezes na liderança do partido, garantindo ainda estar disponível para tentar derrotar José Sócrates nas legislativas de 2009.
Na mesma entrevista, Aguiar Branco defendeu que, até ao final do ano e para não definhar, o PSD deveria ter um congresso e uma nova eleição para a liderança do partido.
Pedro Passos Coelho, que se tem afirmado disponível para concorrer à liderança vai fazer sexta-feira, ao fim da manhã, em Lisboa, uma declaração política a esclarecer se vai candidatar-se às próximas eleições directas.
Noticia retirada do SAPO
1 comentário:
Fez o que tinha a fazer! Não havia opção.
Agora recandidata-se e ganha novamente!
Espero que as vedetas maldizentes se apresentem a eleições. Uma alternativa não é só criticar. É assumir posições e avançar para outras opções, outros rumos e outros caminhos.
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